Plantas Medicinais

Plantas medicinais são aquelas que têm a finalidade de aliviar ou curar enfermidades. Muitas integram a tradição de um grupo cultural. O seu uso vem da observação da natureza: é preciso conhecer a planta, saber onde colhê-la, como prepará-la. O conhecimento das propriedades medicinais das plantas é repassado de uma geração a outra, principalmente pela oralidade. É o chazinho de boldo que a avó diz que é bom para o estômago; o cataplasma de arnica que a vizinha diz que funciona para as dores articulares; a "garrafada" de várias plantas feita pela benzedeira. São inúmeros os exemplos do uso de plantas medicinais na busca pela saúde e pelo bem-estar.

Há registros do uso de plantas como remédio já entre os homens das cavernas. Populações indígenas de norte a sul nas Américas faziam uso medicinal e ritualístico de plantas. No Brasil, os povos originários, por intermédio dos pajés, foram responsáveis pela transmissão e aprimoramento desse conhecimento tradicional. Tal conhecimento de raízes indígenas se fundiu ao europeu e ao africano durante o processo de colonização, proporcionando um intercâmbio de informações para a base da tradição no uso de plantas medicinais no Brasil.

Ao final da década de 1970, a Organização Mundial da Saúde criou um Programa de Medicina Tradicional em prol do desenvolvimento de políticas públicas que facilitassem a integração da medicina tradicional e da medicina complementar alternativa nos sistemas nacionais de saúde.

No Brasil, a preocupação com a biodiversidade e as ideias de sustentabilidade trouxeram novos ares ao estudo das plantas medicinais. Nas universidades brasileiras, algumas linhas de pesquisa passaram a buscar bases mais sólidas para a validação científica do uso de plantas medicinais.

Por sua vez, a fitoterapia é a industrialização da planta medicinal para a obtenção de um medicamento. Ela pode ser descrita como a aplicação do conhecimento antigo das plantas medicinais com as técnicas de pesquisas atuais que buscam verificar a validade, a eficácia e a segurança das indicações tradicionais de uso.

Os fitoterápicos industrializados devem ser regularizados na Anvisa antes de ser comercializados. Também podem ser produzidos em farmácias de manipulação autorizadas pela vigilância sanitária e, neste caso, não precisam de registro sanitário, mas devem ser prescritos por profissionais habilitados.

Conheça algumas formas de uso e as precauções no uso das plantas medicinais e conheça exemplos de indicações terapêuticas das plantas medicinais alecrim, boldo, canela, carqueja, cavalinha e macela.

Formas de uso de plantas medicinais

Precauções para o uso de plantas medicinais

Exemplos de plantas medicinais

Fonte:

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 48/04. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. Disponível em: https://www.cpqba.unicamp.br/plmed/docs/Resolucao%20RDC%2048%20de%2016032004.PDF. Acesso em: 20 maio 2020.

LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.