Mar de Lixo

Galeria de Fotos do Route Brasil

A Década do Oceano desafia todos a identificar as fontes terrestres e marítimas de poluentes e seus potenciais impactos na saúde humana e nos ecossistemas marinhos. Os resultados esperados visam desenvolver soluções para os remover ou atenuar. O primeiro resultado esperado é UM OCEANO LIMPO, livre de poluição.

Atualmente, os impactos das atividades humanas afetam mais de 40% da superfície do oceano. O lixo, um dos mais preocupantes, é indevidamente descartado nas cidades, nos rios, nas praias e até mesmo diretamente nos mares. Os ecossistemas estão todos interligados.

Podemos pensar nos rios como canais que liberam lixo no oceano global. Os níveis de poluição têm aumentado vertiginosamente. Em uma década, a quantidade de lixo no fundo do Oceano Ártico aumentou 20 vezes.

Um tipo de resíduo que tem preocupado os cientistas é o plástico, que agora flutua à deriva ou se acumula na costa, tanto em áreas turísticas quanto nas áreas mais remotas. Segundo o Atlas de Plástico (2020, p. 8, 32, 33):

Todos os anos, cerca de 10 milhões de toneladas de resíduos plásticos entram nos oceanos a partir da terra: o equivalente a um caminhão por minuto. Os plásticos que acabam no mar tendem a se concentrar em cinco enormes giros oceânicos: no norte e sul do Pacífico, no norte e sul do Atlântico e no Oceano Índico

Níveis crescentes de detritos microplásticos nos oceanos podem interferir nos processos biológicos através dos quais o plâncton captura dióxido de carbono na superfície do mar e sequestra o carbono nos oceanos profundos. O bombeamento biológico de carbono faz parte do sumidouro oceânico de carbono, contribuindo para o equilíbrio climático da Terra. Os mecanismos e a extensão com que os microplásticos podem interferir nesse equilíbrio são de grande importância, mas permanecem pouco compreendidos.

Peixes e pássaros são expostos diretamente aos perigos do plástico flutuante: eles se enredam nele ou o confundem com comida. As embalagens, especialmente anéis e cordões, são particularmente perigosas.

Além dos plásticos, outros resíduos sólidos são aparentes nas costas e praias, como latinhas e garrafas de bebidas, bitucas de cigarro, apetrechos de rede de pesca, como nylon e isopor, calçados e outros itens aleatórios que surpreendem, como eletrodomésticos e móveis. 

A redução do lixo marinho é responsabilidade de cada um. Somos todos interessados no bem-estar do oceano, seja pelo valor e beleza desse ecossistema, seja pelo oxigênio que fornece para o ar que respiramos. Para conseguirmos o resultado de um oceano limpo, precisamos despertar novos valores e atitudes que levem a sociedades mais sustentáveis no que tange ao oceano. Nesse sentido, convidamos você a conhecer nos tópicos seguintes instituições que fazem a diferença e compartilhar o seu engajamento na proteção dos mares por meio do nosso desafio.

Fonte: STIFTUNG, Heinrich Böll. Atlas do Plástico: Fatos e números sobre o mundo dos polímeros sintéticos. Rio de Janeiro. Primeira Edição, 2020. Disponível em: < https://br.boell.org/pt-br/2020/11/29/atlas-do-plastico > Acesso em: 8 Jun 2021.