'Não se faz segurança institucional sem inteligência', pontua coordenador do NIS do TJ - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina
Para apresentar e debater o sistema de segurança institucional do Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC), o coordenador do NIS (Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional), desembargador Sidney Eloy Dalabrida, destacou a necessidade do trabalho de inteligência. Durante o V Encontro Nacional de Inteligência do Poder Judiciário, evento promovido pela Academia Judicial e pelo NIS no Costão do Santinho Resort, em Florianópolis, magistrados, servidores e policiais avaliaram a sofisticação dos grupos criminosos.
No início da tarde desta quinta-feira (13), a superintendente regional da Polícia Federal em Santa Catarina, delegada Aletea Vega Marona Kunde, presidiu a mesa para palestras com o tema ”Sistema de Segurança Institucional do Poder Judiciário de Santa Catarina: uma contribuição para uma gestão de dados em âmbito nacional”. Com a identificação de células de inteligência de facções criminosas que realizam monitoramento e acompanhamento da rotina de juízes e desembargadores, o Judiciário precisa profissionalizar a segurança institucional.
“Precisamos refletir sobre a profissionalização da segurança institucional, a começar pela escolha técnica dos colaboradores. Não podemos pensar apenas em armas, coletes a prova de bala e detectores de metais. Não se faz segurança institucional sem inteligência, que produz conhecimento para as tomadas de decisões”, pontuou o desembargador do PJSC.
Alguns tribunais ainda não possuem uma comissão de inteligência, mas as facções criminosas se valem das redes sociais e tecnologias para obter informações sensíveis. Foi o que aconteceu com o promotor paraguaio Marcelo Pecci, que foi assassinado durante férias na Colômbia em maio de 2022. O operador do Direito foi monitorado pelos criminosos através de publicações nas redes sociais de seus familiares.
Por conta disso, o desembargador Sidney Eloy Dalabrida ressaltou que o investimento em inteligência é prioridade. “São três os pilares fundamentais que alimentam a inteligência: pessoas, processos e tecnologia. Precisamos alinhar esses tópicos e analisar profundamente, porque a criminalidade deixou de agir apenas da improvisação e já está profissionalizando suas ações”, reforçou o coordenador do NIS.
Videomonitoramento global
O chefe da Casa Militar do TJSC, coronel Fábio José Martins, apresentou o projeto de videomonitoramento global de todos os prédios do Judiciário catarinense. A intenção é criar uma sala de situação para monitorar todas as unidades em tempo real, com o auxílio da inteligência artificial.
“Estamos trabalhando para monitorar todos os prédios do Judiciário catarinense por uma central que terá contato com o sistema PMSC Mobile, que conecta todas as viaturas e bases operacionais pelo Estado. Vamos implantar um sistema em que possamos interagir com algum possível invasor, identificá-lo e manter contato com as autoridades”, explicou.
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)