Voltar Acusado de gerenciar tráfico no sul da Ilha, homem é flagrado com 1 quilo de cocaína

O juiz Rafael Brüning, da 4ª Vara Criminal da comarca de Florianópolis, converteu em preventiva a prisão em flagrante  de um homem apontado pela polícia como gerente do tráfico de drogas na Tapera, bairro do sul da Ilha. De acordo com os autos, ele e um comparsa foram presos na quinta-feira (22/1) numa casa alugada, onde a polícia encontrou um quilo de cocaína, a qual renderia cerca de R$ 200 mil, além de três celulares, duas balanças de precisão, R$ 140, facas usadas para picar a droga e plásticos para a produção das chamadas "petecas". 

Conforme o termo da audiência de custódia, os policiais monitoravam o suspeito havia algum tempo, mas não sabiam o local exato onde ele armazenava a droga. Sabiam, entretanto, que ele costuma alugar, em nome de terceiros, casas por períodos curtos, o que evitaria denúncias de vizinhos, assim como ter materiais ilícitos onde reside. Outra coisa que a polícia sabia é que ele trocava de moto com frequência - e foi uma delas que os agentes identificaram no dia da ocorrência. 

A polícia seguiu esta moto - ela vinha escoltada por um carro com três pessoas dentro. Os suspeitos pararam na casa, entraram e minutos depois foram surpreendidos pelos agentes, que efetuaram o flagrante. Dois suspeitos foram presos no local - o gerente e um homem de 18 anos recém-completados, com diversas passagens pela polícia e apontado como membro de uma facção criminosa - ele tem sete procedimentos em andamento instaurados na Vara da Infância e Juventude. Os outros dois fugiram. 

A versão dos presos é diferente. O homem mais velho confirma que estava na casa e que a droga apreendida era dele. No entanto, alega que as balanças de precisão e os sacos plásticos foram "plantados" pelos policiais militares e no local, na verdade, havia R$ 4 mil e não apenas R$ 140. Por fim, afirmou que o outro preso, de 18 anos, entrou de gaiato na história e não tem nenhuma relação com os entorpecentes. "Eu estava lá na casa, sim, mas só conversando, não tenho nada a ver com isso", disse o mais novo. 

Para Rafael Brüning, há provas de materialidade do crime e diversos indícios de autoria. O magistrado explicou que a prisão preventiva é sempre o último recurso, utilizado somente quando as outras medidas são insuficientes. "No caso em questão fica latente a necessidade da segregação cautelar dos dois conduzidos para a garantia da ordem pública. Pela quantidade de entorpecente apreendido e pelos apetrechos apreendidos na residência, fica evidenciada também a habitualidade e o risco concreto de reiteração criminosa e, além disso, as circunstâncias demonstram a extrema gravidade dos fatos apurados e a periculosidade social dos conduzidos." O processo seguirá os trâmites normais.

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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