Aflodef recebe carro do TJ para utilização no transporte de portadores de deficiência - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

"Mais uma vitória", repetia, entusiasmado, José Roberto Leal, mais conhecido por Zezinho, presidente da Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos (Aflodef), ao receber nesta manhã (3/7), das mãos do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Nelson Schaefer Martins, as chaves de um automóvel automático da marca Renault, modelo Grand Scenic DYN 2.0, para uso na entidade. A doação pôde ser materializada após análise técnica do TJ sobre o caráter filantrópico e os serviços com fim social desenvolvidos pela Aflodef em benefício de parcela da sociedade.

"A Justiça não pode se restringir ao papel, ao processo; é preciso também pensar nas pessoas", comentou o presidente do TJ, satisfeito em poder auxiliar, ainda que de forma singela, na ampliação da acessibilidade ao cidadão. O veículo, explica Zezinho, será utilizado para transporte de associados da entidade que residem em áreas de risco na cidade, como nas encostas, onde as ruas não permitem que vans e micro-ônibus trafeguem com desenvoltura. Servirá ainda para locomoção das assistentes sociais da entidade em trabalhos de campo, quando precisam elaborar estudos sociais nas áreas de periferia. Além de ampliar a frota, a Scenic doada possibilitará um incremento de quase 10% na população assistida diretamente pela Aflodef, que passará de 57 para 62 associados.

"Esperamos, com este ato, chamar a atenção também de outras instituições e entidades para a necessidade de apoiar a Aflodef e sua luta pela acessibilidade ao cidadão mais carente", acrescentou o corregedor-geral de Justiça, desembargador Luiz Cézar Medeiros, também presente ao ato, realizado defronte à sede da entidade, na rua General Bittencourt, no centro da cidade. Coube ao magistrado entregar a documentação do veículo, já transferido, ao presidente da Aflodef.

Zezinho, visivelmente emocionado, lembrou-se de sua história de vida e de sua luta por inclusão. "Era uma época em que não se conhecia o termo 'deficiente', éramos somente 'aleijados'", recorda. Hoje, ele comemora cada conquista e busca garantir a inclusão de outras pessoas necessitadas, como ele já foi um dia.