Voltar Análise estratégica constante potencializa desempenho do Poder Judiciário catarinense

O Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) realizou na última segunda-feira (17/8), por videoconferência, nova Reunião de Análise da Estratégia (RAE), desta feita para discutir números e ações estratégicas em curso no 2º grau. No último dia 10, foram discutidas as estratégias no 1º grau. Nesta semana, o encontro foi centrado em seis temas: movimentação processual, dados durante o período de pandemia, portfólio de projetos da atual gestão, revisão do planejamento estratégico - a cada seis anos os tribunais precisam rever o planejamento -, migração para o sistema eproc e gestão de gabinetes por meio da ferramenta de "Business Intelligence" (BI).

Ao abrir a reunião, o presidente Ricardo Roesler ressaltou que os dados apresentados são do Núcleo de Estatística, criado no ano passado, que busca e disponibiliza informações essenciais para a tomada de decisão no PJSC. "Nosso planejamento e nosso desempenho são sustentados em dados", garantiu o presidente. O panorama dos projetos no portfólio do Poder Judiciário - são 196 projetos ligados a 25 áreas administrativas - também foi analisado no encontro.

"O foco de todas estas iniciativas é contribuir com a atividade-fim, a prestação jurisdicional", disse o assessor de Planejamento Rafael Ulguim da Rosa Oliveira. Para ele, os indicadores da estatística processual mostram um resultado positivo em termos de produção, "fruto do esforço e da dedicação dos magistrados e servidores e também do grande empenho do Tribunal nos aspectos relacionados à gestão", como afirmou.

Por fim, ele destacou que o Estado tem alta litigiosidade na Justiça, bem acima da média nacional; consequentemente, "com o aumento da demanda, a carga de trabalho (processos por desembargador) também aumentou". Santa Catarina tem a terceira maior carga de processos por magistrado do país, com uma média superior a 9.900 processos por juiz.


Desempenho, economia e eproc

 

O coordenador e oficial de gabinete da Presidência, Cleon Bassani Ribas, analisou os números neste período de pandemia e ressaltou que o PJSC - se comparado aos demais tribunais - é o segundo mais produtivo do país. Cleon destacou ainda que o regime de home office, com a redução nas despesas gerais de manutenção, almoxarifado e terceirização, trouxe uma considerável economia aos cofres do TJ.

Já o coordenador da Asplan, Cassiano Reis, lembrou que o desempenho do Poder Judiciário e suas estratégias estão intimamente ligados ao monitoramento de indicadores. "Nos últimos semestres, o Tribunal fez um grande esforço para constituir e operacionalizar o seu Núcleo de Estatística e para provisionar uma ferramenta de 'Business Intelligence' de padrão mundial. Estamos colhendo o fruto desse trabalho", avaliou.

Na sequência, o assessor de Planejamento Sérgio Weber falou sobre gestão de gabinetes com o apoio de "Business Intelligence", cujo objetivo maior é conferir subsídios para a tomada de decisão. Pela ferramenta, é possível analisar o desempenho do gabinete, a transparência e o detalhamento do acervo. Weber destacou que o Núcleo de Estatística trabalha de forma integrada com o Numopede (CGJ) e com a DGJ.

Os números do eproc em segundo grau foram apresentados por Heitor Pitsica do Prado, da Secretaria de Suporte à Jurisdição de Segundo Grau. Segundo ele, o acervo de 2º grau no novo sistema é de 65.547 processos; no sistema antigo, de 97.492 processos. Heitor destacou que a equipe de TI adquiriu know-how com a migração de processos no primeiro grau, que já passou de 1 milhão, o que ajudou no desenvolvimento do migrador do segundo grau, que começou a ser usado nesta semana em ambiente de produção.

"O objetivo destes encontros é traçar uma radiografia a partir dos números e estipular novas ações e novas estratégias para aprimorá-los", explicou a juíza auxiliar da Presidência Carolina Ranzolin Nerbass. Ela observou que a ferramenta de BI está acessível a todos, sendo que novas funcionalidades (painéis) estarão alinhadas com as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Por meio do recurso, é possível verificar dados da unidade, cruzar informações com outras, identificar prioridades e consultar como a vara ou gabinete está em relação a cada meta. "É uma ferramenta extremamente importante e necessária para a melhor tomada de decisão. Tanto no âmbito macro, administrativo, como em cada unidade jurisdicional", apontou Carolina.

Além dos citados, participaram da reunião os desembargadores João Henrique Blasi, Soraya Nunes Lins, Volnei Celso Tomazini, Salim Schead dos Santos, Dinart Francisco Machado, Paulo Henrique, Paulo Ricardo Bruschi e Júlio César Machado Ferreira de Melo. Também os juízes Cláudio Eduardo Régis de Figueiredo e Silva e Rafael Germer Condé, além dos servidores Bianca Wisbeck Bernstorff Mansur, Bóris Leonel Kruger, Fernanda do Nascimento Müller de Villamartin, Heitor Pitsica do Prado, Itacir Carlos Fabris, Karine da Rosa Mendonça, Kleber Steinbach, Maria Betânia Lima de Luz, Mauricio Walendowsky Sprícigo, Ricardo Albino França, Rodrigo de Quadros Guidi e Tatiana Costa Cássio.

 

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Imagens: Divulgação/TJSC
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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