Voltar Analista jurídica conquista 'World Marathon Majors' após correr 6 maratonas pelo mundo

Em 2013, aos 42 anos de idade, casada e com filhos, a analista jurídica do Cejusc da comarca de Joinville Ana Lucia Rozza decidiu deixar para trás o passado da criança, adolescente e adulta que um dia foi avessa aos esportes e literalmente entrar com os dois pés no mundo das maratonas de rua. Inspirada pela paixão do pai e incentivada por uma antiga colega do tempo de escola, ela iniciou uma rotina incessante de treinos. “Meu trabalho no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania é em meio a muito esforço mental, então me sentia esgotada ao final do dia após várias audiências, mesmo permanecendo sentada. Por isso a necessidade de me movimentar, de cuidar da saúde”, ressalta Ana.

A princípio Ana começou a correr em um pequeno espaço – um  estacionamento – para “ganhar fôlego”, mas em pouco tempo se inscreveu na primeira prova. Mesmo iniciante, conquistou o 2º lugar. Animada, aderiu de vez ao projeto e intensificou a rotina. “A cada treino adquiro mais ânimo para correr e me sinto mais produtiva no trabalho. Extravasar nos exercícios é fundamental para minha saúde física e psíquica”, garante.

Na sequência, ela participou de uma competição em Porto Alegre-RS e iniciou o até então impensado circuito internacional. “Foquei no objetivo de completar as ”World Marathon Majors”, ou seja, as seis principais e mais conhecidas maratonas do mundo, realizadas em Tóquio, Boston, Londres, Berlim, Chicago e Nova York,” conta Ana Lúcia.

Maratonas são provas com 42 quilômetros e 195 metros de corrida ininterrupta. O destino escolhido para iniciar as corridas no exterior foi Berlim, um momento de superação e vitória. Ana relembra que sentia náuseas nos dias que antecederam a prova e até mesmo durante o percurso. Porém, recusou ajuda médica para não ser impedida de participar. Ao chegar ao Brasil, foi diagnosticada com crise de labirintite. “O sonho de correr era muito grande, nada me afastaria daquele objetivo”, enfatiza. Persistente e disciplinada, ela se manteve firme na rotina diária de treinos e completou todo o circuito das provas, com a conquista do cobiçado medalhão que representa as seis maratonas juntas. Apenas 45 mulheres no Brasil detêm essa marca, e a servidora da comarca de Joinville figura entre elas.

Trilhar esse caminho, apesar de compensador, não é fácil, enfatiza a analista, ao relembrar que a prova do Japão foi em fevereiro, de forma que os treinos mais pesados aconteceram em dezembro e janeiro, período de festas. Contudo, ela não descuidou da rotina nem da alimentação. “É uma luta particular, um esforço diário. Treinar com chuva, frio. Mas ao final é uma vitória. Já senti medo ao correr à noite, sozinha, e ter a nítida impressão de ser seguida. Ainda precisamos nos preocupar com isso”, lamenta.

Recentemente, Ana Lucia sofreu uma lesão e ficou afastada das maratonas, embora num período em que a pandemia também paralisou as provas. Agora, porém, já recuperada e com a volta à normalidade, o momento do tão esperado retorno às ruas é iminente e não tem data para terminar. “Devemos sempre acreditar que somos capazes e não desistir. Eu nunca vou parar de correr. Isso pra mim é vida, o que me renova, me faz vibrar”, finaliza.

 

 

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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