Cejusc de Jaraguá alerta homens e mulheres sobre aumento da violência doméstica - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

Para marcar os 13 anos da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), o Cejusc da comarca de Jaraguá do Sul promoveu neste mês palestra para mulheres e homens moradores do bairro João Pessoa. Esta localidade foi escolhida por causa do elevado número de solicitações de atendimento a mulheres com necessidades de proteção (violência doméstica). O aumento dos casos é registrado pela polícia militar desde o ano passado.

De acordo com o advogado Daniel Bortolini Rosa, a Lei Maria da Penha é considerada pela ONU como uma das três leis mais avançadas do mundo no que diz respeito ao combate e enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. "Por meio deste evento, a nossa intenção é buscar garantir o respeito, a dignidade, o direito e a justiça para todas as mulheres", explicou o advogado.

A secretária do Cejusc de Jaraguá do Sul, Claudete Witkosky Shütze, aproveitou para expor sobre o atendimento dos serviços prestados por aquele órgão e o resultado positivo da participação nas oficinas tanto por homens como pelas mulheres.

Em sua exposição, a secretária geral da OAB, Luciane Mortari Zechini, frisou que durante a oficina com os homens não se julga ninguém, mas se oportuniza a reflexão para mudança de conduta, apesar da necessidade de passar pelos procedimentos legais do ato ilícito praticado. As mulheres são conscientizadas dos direitos e deveres da lei.

Já a representante da secretária de Assistência Social e Habitação de Jaraguá do Sul, Maria Andreia Stanck, comentou sobre as atividades do Creas quanto ao atendimento às mulheres vítimas de violência. Ela destacou que a pessoa, seja homem ou mulher, será atendida por um profissional da equipe técnica do Creas para triagem e encaminhamento.

Ainda durante o evento, o psicólogo Pablo Roberto Camillo enalteceu a reflexão sobre a necessidade de apego do ser humano e de resistência em persistir em atitudes que magoam a si e aos outros. Reforçou também a necessidade de observar a origem e as atitudes dos próprios pais e mães.

Com essa palestra, a intenção do Cejusc foi auxiliar na garantia dos direitos de proteção a mulheres brasileiras que foram vítimas de violência doméstica, como a cidadã Maria da Penha, que morava na cidade de Fortaleza (CE). Casada durante 23 anos, ela sofreu duas tentativas de assassinato em 1983.

Outra finalidade do evento foi conscientizar os homens sobre a necessidade de compreender as agressões relacionadas à lei, o ato de violação moral e psicológica, além do processo de sua cura relacionado à agressão física e patrimonial.