Voltar Cevid, com "Formar para Transformar", tenta romper ciclo transgeracional da violência

A Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid) do TJ e o município de São Miguel do Oeste promoveram neste mês uma capacitação profissional sobre o tema da violência doméstica contra a mulher, através do curso "Formar para Transformar".

O objetivo do programa é potencializar as escolas para atuarem na prevenção da violência contra a mulher, ao prestar informações sobre a Lei Maria da Penha, direitos, garantias e medidas de proteção, e sobre a rede de atendimento nos municípios. 

O trabalho serve para capacitar professores e servidores de instituições de ensino e áreas interligadas a respeito dos procedimentos que devem ser adotados em situações de violência doméstica. Busca-se, assim, o fortalecimento das crianças, adolescentes e seus familiares no intuito de romperem com o ciclo de violência estabelecido em seus lares.  

Neste passo, o ambiente escolar é considerado uma possibilidade de modificação dessa realidade, sob dois aspectos: primeiro, por meio da capacitação dos profissionais da educação, para que através do conhecimento possam identificar situações de violência doméstica, orientar e realizar os devidos encaminhamentos, respeitadas suas funções e competências;  segundo, por meio da conscientização e educação das crianças e adolescentes no sentido de desnaturalizar a violência doméstica, de modo a colaborar para a formação de futuros adultos não violentos e romper o ciclo transgeracional da violência.

A desembargadora Salete Silva Sommariva, titular da Cevid, abordou  o tema "Feminicídio e aspectos sociais e culturais da violência contra as mulheres", na palestra inaugural do evento, na Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste.

Para ela, a base da educação está nas crianças e, se jovens não forem orientados adequadamente, no futuro poderão replicar o comportamento de familiares, especialmente o dos pais. A menina, ao agir de forma submissa, e o menino, ao impor autoridade, agressividade e uma série de atos prejudiciais ao convívio em família e em sociedade.

A desembargadora ressaltou que a problemática é mundial e a conscientização das pessoas é fundamental para que os índices de violência sejam diminuídos. A programação se estendeu pelos dias 10 e 11 de julho, com palestras ministradas por psicólogos, advogados e assistentes sociais. A iniciativa em levar este projeto partiu da Comissão Intersetorial de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes do município de São Miguel do Oeste, especialmente por considerar que os reflexos da violência contra a mulher atingem diretamente a saúde mental de crianças e adolescentes inseridos nesses contextos.

Imagens: Divulgação/Cevid
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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