Voltar Colaboradores do PJSC apresentam projetos que contribuem para uma sociedade mais justa

Os projetos inovadores e as boas práticas desenvolvidas por magistrados e servidores de diferentes comarcas do Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) estiveram em evidência nesta quinta-feira (3/9), durante o programa Palavra do Presidente - Ao Vivo. As ações sociais, de cunho ambiental, de proteção a crianças e adolescentes, do uso de tecnologia e de educação financeira, que contribuem para uma sociedade mais justa e humana, foram compartilhadas para as 111 comarcas. O resultado dessa integração foi pura emoção.

O presidente do PJSC, desembargador Ricardo Roesler, enalteceu a criatividade no aperfeiçoamento das relações humanas e com o ambiente. "Iniciativas como estas devem ser exaltadas, privilegiadas e festejadas. E, por isso, tenho muito orgulho de presidir o PJSC, que é composto de pessoas que ultrapassam os seus deveres profissionais para ir além com essa consciência social e compromisso cívico. É muito importante dar vazão a esses talentos. Temos hoje o Judlab, que é o laboratório judicial, o qual vai trabalhar intensamente na busca de novas ideias e ações. Os nossos magistrados e servidores são agentes transformadores que contribuem para uma sociedade mais justa, calorosa e humana, principalmente durante o momento de pandemia", destacou.

Projeto PoupArte

A juíza da comarca de Blumenau Quitéria Tamanini Vieira Peres apresentou o Projeto PoupArte, que é fruto da parceria entre o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) e o curso de psicologia da Universidade Regional de Blumenau (Furb). A intenção é promover a educação financeira e evitar o superendividamento. Para participar dos encontros, acesse o canal do PoupArte no YouTube ou no Instagram.

"O objetivo era de realizar as reuniões em bairros, como aconteceu em novembro de 2019, com o acompanhamento de um consultor financeiro e uma equipe da psicologia. Com a pandemia, tornamos os encontros virtuais a cada 15 dias. Dividimos o projeto em três tópicos: financeiro, psicológico e autodesenvolvimento. Os profissionais envolvidos realizam o diagnóstico financeiro dos participantes e trabalham na saúde mental, com observância para o equilíbrio emocional, porque a gente pode ser feliz gastando menos", explicou a juíza.    

Depoimento Especial

Em Braço do Norte, o juiz da comarca de Braço do Norte Klauss Corrêa de Souza falou sobre o Depoimento Especial para as crianças e os adolescentes envolvidos em abusos sexuais e crimes violentos. O magistrado foi motivado a buscar uma solução após observar o constrangimento das crianças e dos adolescentes nas tradicionais salas de audiências que, além do juiz e do servidor da Justiça, contém um membro do Ministério Público e os advogados.

O projeto do Depoimento Especial foi adaptado de uma experiência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). "Em 2012, adaptamos uma sala para a tomada dos depoimentos fora do ambiente das audiências, que é um lugar hostil. Desde então fomos qualificando a rede e aperfeiçoando os procedimentos. O Depoimento Especial visa proteger a criança, deixá-la em ambiente separado sem pressão e evitar perguntas que possam agredir e revitimar ainda mais a vítima. O objetivo é trazer um depoimento com mais qualidade para evitar erros. Hoje, o Judiciário catarinense tem mais de cem salas adaptadas", anotou.

Naninhas do bem

Na Serra catarinense, a assistente social Sumaya Dabbous, da comarca de Lages, destacou o projeto Naninhas do bem. O objetivo da ação é atender as crianças adotadas na região com uma lembrança do Judiciário oferecida pela técnica de suporte à informática Angelita Barroso. Todas as crianças recebem uma boneca feita de um pequeno travesseiro com uma carta. "A ideia surgiu com a intenção de atender as crianças refugiadas e a primeira remessa foi enviada a Brasília. Em Lages, a primeira entrega foi no hospital infantil e, depois, em um abrigo. Foi quando tive a ideia de oferecer as Naninhas do bem para as crianças adotadas tivessem mais alegria, porque as bonecas são feitas com muito amor, carinho e gratidão", contou Angelita.

QR Code

No Sul do Estado, o secretário jurídico da 1ª Vara da comarca de Imbituba, Murilo Corrêa Izidoro, incentiva o uso do QR Code para o acesso às videoconferências do Judiciário catarinense. "Por meio de ferramentas gratuitas na Internet e de fácil manuseio, pegamos o link das audiências por videoconferências, transformamos em QR Code e enviamos por ofício. Isso facilita o acesso, principalmente de pessoas idosas ou leigas em informática, que podem ser ouvidas de qualquer lugar. Isso porque nem todos têm computador com webcam, mas o smartphone já está mais acessível à população. A ideia é simples, mas tem um ótimo resultado", destacou o secretário jurídico.

Reciclagem

Na região Oeste, o secretário do foro da comarca de Mondaí, Ricardo da Silva Conter, chamou atenção para a reciclagem de papéis. Ele confessou que ficava incomodado com o desperdício. "Começamos a fazer os blocos, mas eu cortava com o estilete é o trabalho não rendia. Foi quando resolvi comprar uma guilhotina e começamos a fazer os blocos com os papéis em branco, que não contêm informações críticas. Como também sou mediador, também fizemos os blocos com mensagens para os casais em busca da pacificação social. Agora, o nosso objetivo é reduzir a utilização de copos plásticos com a utilização de garrafas de vidro, dos meus sucos de uva", informou.

Rede de proteção contra abuso sexual de crianças

Já a oficial da infância e juventude da comarca de Ponte Serrada, Edna Cristina Fanfa Galvan, abordou a rede de proteção contra abuso sexual de crianças. "Formada em 2018, a rede de proteção passou a trabalhar de forma integrada e humanizada, diante do aumento dos casos de violência sexual na região. Graças ao empenho do juiz Luciano Fernandes da Silva, que fez palestras informativas e educativas em diferentes localidades do município, conseguimos atingir o máximo de pessoas prestadoras de serviço público na área da criança e do adolescente. Assim, criamos mecanismos de atendimento e conseguimos o empoderamento das vítimas para a efetivação das denúncias. Hoje, temos o depoimento especial e a escuta especializada bem estruturados no nosso município", disse a servidora. 

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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