Voltar Corregedora-geral palestra sobre a magistratura e a presença feminina no Poder Judiciário

Na noite da última quarta-feira (27/4), a corregedora-geral da Justiça do TJSC, desembargadora Denise Volpato, proferiu uma palestra no Fórum da comarca de Criciúma sobre o protagonismo feminino no Poder Judiciário. O evento foi promovido pela Escola Superior da Magistratura do Estado de Santa Catarina (Esmesc). A magistrada fez reflexões sobre a carreira da magistratura, de modo geral, e também detalhou sua própria trajetória até ocupar o atual cargo. “A feminização do Poder Judiciário é recente, mas o protagonismo da mulher do Judiciário está em construção.” A desembargadora é a segunda mulher catarinense eleita corregedora-geral da Justiça em mais de 130 anos de instituição, e a primeira mulher blumenauense a chegar ao Tribunal de Justiça como desembargadora. Atualmente as juízas representam 37,35% do total de magistrados no primeiro grau de jurisdição no TJSC, sendo 164 de 439; dos 93 desembargadores no TJSC, 16 são mulheres, totalizando 17,2%. 

Ao falar sobre a magistratura, especialmente aos estudantes que pensam na carreira, destacou que é um caminho de muita dedicação, estudo e renúncia, mas que a pacificação dos conflitos proporciona uma satisfação imensa. Em sua fala, destacou que ser magistrado não é ter um emprego, é desempenhar uma função de Estado e, antes de tudo, ter uma vocação. “E principalmente ter consciência que o maior papel de um magistrado é a pacificação social.” Segundo a desembargadora, o Direito é a ciência mais apaixonante de todas, acompanha a dinamicidade da vida, é um regulador e pacificador, e operá-lo é uma grande missão. Para ela, a carreira também exige muita atenção e foco nas pessoas, pois os processos, que antes eram folhas e agora são linhas em um sistema, são as vidas, amores e desamores, tristezas e alegrias que se traduzem nas páginas e telas. "É onde se resgata a dignidade, onde se mantém a integridade, moral ou física, onde se busca recompor a família e tantas outras questões fundamentais.”

A importância das relações institucionais para o bom funcionamento do Judiciário também foi ressaltada ao explicar que a magistratura não acontece de modo isolado, mas com a presença de diversos atores, sendo os mais próximos os advogados e o Ministério Público. "Relações institucionais devem ser serenas e harmoniosas. Se assim não for, aquele fim que é o maior na prestação jurisdicional, que é pacificar, não alcança o seu resultado."

O evento contou com a presença do juiz Maximiliano Losso Bunn, diretor-geral da Esmesc; do juiz Júlio César Bernardes, coordenador da extensão de Criciúma da Esmesc; do coordenador do curso de Direito da Esucri, universidade polo da Esmesc no município, professor Francisco Pizzette Nunes; e do presidente da OAB - Subseção Criciúma, advogado Alisson Murilo Matos, além de magistrados, servidores e estudantes de Direito.

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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