Voltar CPMA de Joinville capacita instituições que recebem pessoas para prestação de serviços

A Central de Penas e Medidas Alternativas (CPMA) da comarca de Joinville iniciou esta semana o ciclo de capacitações das 165 entidades e instituições parceiras que recebem pessoas condenadas por crimes de menor potencial ofensivo. A primeira orientação foi destinada aos gestores de unidades de ensino que acolhem os beneficiários que precisam cumprir a prestação de serviços à comunidade, imposta pelos juízes.

Uma das participantes da capacitação, a diretora escolar Elenir da Silva Rodrigues Cardoso comenta que há duas pessoas em cumprimento de pena no ambiente escolar neste momento. "Temos dois ex-alunos, por coincidência, prestando serviços de vários tipos, desde jardinagem até pintura das paredes. A dupla está sempre disposta a nos ajudar e também recebe muitos elogios pelo trabalho realizado na nossa escola", explica a diretora da Escola de Educação Básica Francisco Eberhardt, em Pirabeiraba.

Outra diretora, que também teceu elogios referentes aos trabalhos realizados, foi Rute Ribeiro Hoepfner, da Escola de Ensino Médio Deputado Nagib Zattar, localizada no bairro Jardim Paraíso. No local, cinco homens cumprem pena pelos mais variados crimes de menor potencial ofensivo. "Em nossa escola, o pessoal executa todo tipo de serviço: limpeza de pátio, roçada, jardinagem e lavagem de vidros. Eles colaboram muito para o visual da escola e, na verdade, não tenho do que reclamar", frisa a diretora. 

Esta foi a primeira capacitação deste ano. Em março, está previsto um novo treinamento destinado a outros parceiros da CPMA. "Nossa intenção é atualizá-los sobre a metodologia de nosso trabalho, aprimorando cada vez mais este convívio sadio e amistoso entre beneficiários e instituições. As entidades são nossos braços, pois estão diretamente com eles. Damos todo o suporte necessário para que as instituições se sintam respaldadas, bem como monitoramos e fiscalizamos os cumprimentos", ressalta a coordenadora da CPMA de Joinville, Aline Sikorski.

Ela acrescenta que as penas alternativas são instrumentos educativos e permitem que o beneficiário permaneça no meio social mediante prestação de serviços à comunidade em unidades escolares, hospitais, serviços oferecidos pela Prefeitura Municipal de Joinville e instituições filantrópicas entre outros.

No ano passado, a CPMA fechou com o registro de quase 5 mil atendimentos psicossociais. A unidade, instalada na sede do próprio Fórum, é responsável por encaminhar e também acompanhar as atividades. Atualmente, mais de 400 pessoas cumprem penas alternativas na maior cidade do Estado. 

Atualmente são oito CPMAs em Santa Catarina, vinculadas à Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa e coordenadas por Wanderléa Maria Machado. As centrais contam com uma equipe de psicólogos e assistentes sociais e têm o objetivo de atender autores de pequenos delitos com penas que variam até quatro anos, como por exemplo furtos, desacato, questões de trânsito e peculato.

Imagens: Divulgação/Comarca de Joinville
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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