Voltar Curso sensibiliza professores a perceber e atuar em situações de violência doméstica
Sensibilizar educadores para perceber indícios de violência doméstica dentro da sala de aula. Esse é o objetivo do curso "Formar para Transformar", realizado na tarde de ontem (31/10) no auditório Teori Zavascki, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Na sua terceira etapa, o curso capacita profissionais de educação a ampliar a escuta sensível e desprovida de prejulgamentos.
 
Foram abordados o conceito de violência doméstica e questões relacionadas com a Lei Maria da Penha, direitos, garantias e medidas de proteção. Os professores também foram informados sobre as redes de atendimento local, suas atribuições e como atuar e realizar os encaminhamentos.
 
O curso teve a palestra " Sou mulher, fui vítima de violência, o que faço agora?", da promotora de justiça Helen Crystine Corrêa Saches, que salientou a importância de não julgar a vítima. Ela também orientou sobre as medidas protetivas que podem ser requeridas na delegacia de polícia, na Defensoria Pública ou na Promotoria de Justiça. Na sequência, foi ministrada a palestra "Aspectos científicos sobre as boas práticas na escuta de crianças e adolescentes em situação de violência", pelo psicólogo da Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital, Ricardo Luiz de Bom Maria. O psicólogo alertou que a experiência como professor não é suficiente para a habilidade de conduzir adequadamente uma situação que envolva revelação ou suspeita de abuso sexual, destacando então a importância do desenvolvimento da sensibilidade para a escuta.
 
A cada ano que passa, vê-se aumentar o número de mulheres agredidas física e psicologicamente, e fortalecer crianças e adolescentes, vítimas diretas dessa violência, torna-se imprescindível para o rompimento de tal ciclo estabelecido nos lares.
 
O projeto é uma iniciativa da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, comandada pela desembargadora Salete Sommariva, que vislumbra no ambiente escolar a possibilidade de modificação dessa realidade. Primeiro, por meio da capacitação dos profissionais de educação, para que através do conhecimento possam identificar situações de violência doméstica, orientar e realizar os devidos encaminhamentos, respeitando suas funções e competências. Em segundo lugar, por meio da conscientização e educação das crianças e adolescentes no sentido de desnaturalizar a violência doméstica, colaborando para a formação de futuros adultos não violentos e rompendo com o ciclo transgeracional da violência.
 
A próxima etapa do curso será realizada no dia 19 de novembro, no auditório Teori Zavascki.
Imagens: Divulgação Cevid
Conteúdo: Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa e Fabrício Severino
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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