Voltar Do norte ao sul de Santa Catarina, eventos prestam homenagem ao Dia Nacional da Adoção

Comemora-se neste 25 de maio o Dia Nacional da Adoção. A data procura conscientizar a população sobre a importância de adotar e assegurar o direito de crianças e adolescentes à convivência familiar. Abaixo, eventos e iniciativas que tratam do tema e ocorrem em Santa Catarina nesta semana, com a participação do Poder Judiciário:

Blumenau

A assistente social forense Analu Trevizan, da comarca de Blumenau, participa nesta quarta-feira (25/5) de uma roda de conversa em alusão ao Dia Nacional da Adoção. O evento, promovido pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Semudes), terá como tema "Diálogos sobre a Atuação do Sistema de Garantia de Direitos”.

O objetivo é promover um debate sobre o direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes através da adoção. O evento é voltado para profissionais da assistência social, saúde, educação, conselheiros de direitos, conselheiros tutelares, entidades que atendem crianças e adolescentes e a população que se identifica com o tema da adoção.

Além da servidora do Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC), o evento contará com a presença da promotora de justiça Patrícia Dagostin, da diretora de Proteção Especial da Semudes, Maria Augusta Caldeira Koch Buttendorf, e de Marco Aurélio Georg, da Diretoria de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). A roda de conversa ocorre no auditório da Cruz Azul no Brasil, localizado na rua São Paulo, 3.424, bairro Itoupava Seca, em Blumenau. 

As inscrições devem ser feitas pelo site bit.ly/dianacionaladocao (texto com informações da assessoria de comunicação da Prefeitura de Blumenau).

Criciúma

Para marcar o Dia Nacional da Adoção, celebrado em todo o país em 25 de maio, Criciúma recebe, nesta quarta-feira (25/5), o evento “Amor sem medidas”. A iniciativa é da Associação Beneficente Nossa Casa, em parceria com a Vara da Infância e Juventude e Anexos da comarca de Criciúma. O foco é trazer a discussão sobre o ato de adotar ou apadrinhar crianças e adolescentes que estão nas casas de acolhimento.

O evento, aberto à comunidade, inicia às 19h na Associação Empresarial de Criciúma (Acic). As inscrições podem ser feitas de maneira antecipada pelo telefone (48) 98473-5959. As psicólogas Samara Barbosa, da Nossa Casa, e Joana Patricia Anacleto de Assis, da comarca de Criciúma, estarão conduzindo o debate. Com o tema “Reflexões sobre adoção e apadrinhamento afetivo”, o evento quer propor uma discussão ampla do assunto, esclarecendo dúvidas que são comuns.


 

“Queremos auxiliar as pessoas que desejam entender mais sobre os dois assuntos, que são tão relevantes para a sociedade”, explica a presidente da Nossa Casa, Jucelane Barbosa Marques. Para o juiz da Vara da Infância e Juventude de Criciúma, Pablo Vinicius Araldi, o evento é mais uma forma de dar visibilidade aos temas, além de esclarecer as dúvidas sobre os assuntos e também diferenciá-los. "Pretendemos esclarecer os pretendentes à adoção sobre como o processo funciona, as expectativas e também a realidade das crianças acolhidas aptas para a adoção. Além de promover e incentivar o apadrinhamento afetivo, que possibilita a vivência de vínculos afetivos e amplia as experiências de crianças e adolescentes acolhidos com remotas chances de adoção. O evento também é importante para esclarecer as diferenças entre a adoção e o apadrinhamento afetivo, uma vez que é comum que as pessoas confundam os dois institutos, os quais são bastante distintos."

Joinville

O setor psicossocial da comarca de Joinville retomou os encontros presenciais com as famílias de crianças com mais de dois anos de idade em processo de adoção. Desde o início da pandemia, as reuniões de grupo ocorriam no formato online. O projeto, fundado em 2017 na maior cidade do Estado, é pioneiro no Judiciário catarinense e surgiu da necessidade identificada por duas servidoras - a psicóloga Francine Cassol Reimann de Quadros e a assistente social Julia Cristina Vincenzi - de acompanhar os processos de adoção de forma ampliada, por meio de encontros de grupo realizados com as famílias em estágio de convivência para adoção, momento em que é oportunizado um espaço de aprendizado, orientação profissional e troca de experiências entre famílias adotantes.

“Muitas vezes os processos de adoção chegavam e só conseguíamos contatar as famílias cerca de três meses depois, devido ao grande volume de trabalho, e perdíamos o princípio do acompanhamento, o período de vinculação e os problemas iniciais. Em algumas situações os problemas acabavam se intensificado, e com um contato tardio não tínhamos mais como realizar uma intervenção eficaz. Então resolvemos estruturar um grupo com os adotantes para propiciar aprendizados entre eles e não apenas conosco, e assim estar mais perto das famílias”, explica a psicóloga Francine Cassol.

O grupo hoje conta com sete famílias que já vivenciaram a aproximação e receberam a guarda para a convivência. Os encontros são mensais, com duração de duas horas, período em que todos têm espaço de fala para compartilhar o que estão vivenciando com a criança/adolescente, esclarecer dúvidas e receber orientações acerca da condução no desenvolvimento da vinculação. “Sabemos que a experiência de uma família não vai servir para aplicação direta em um outro lar, pois cada família tem sua cultura, sua forma de funcionar. Mas ela traz ideias de possibilidades de ação, de como lidar com as situações, pois trocando experiências as famílias percebem que determinados comportamentos fazem parte muitas vezes da faixa etária da criança, sendo típicos daquela idade e não necessariamente da adoção. As famílias vão aprendendo, ensinando, e nesta troca conseguimos fazer intervenções e propor acompanhamento especializado quando necessário”, comenta a psicóloga Francine.

As famílias são acompanhadas por aproximadamente seis meses, tempo que pode ser estendido em caso de necessidade. Findado o período de acompanhamento, é realizada uma entrevista individualizada com o(s) adotante(s) e com a criança/adolescente para o encerramento. “O passo final é dado com a elaboração do relatório de conclusão do processo, que na grande maioria das vezes encerra com sucesso, efetivando a adoção com a formação de uma nova família legalmente constituída”, conclui a assistente social Julia Cristina Vincenzi.

Ouça o nosso podcast.

Imagens: Divulgação/Freepik
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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