Voltar Em família de oficiais de justiça, filho recém-chegado ao PJSC assume vaga que foi da mãe

Seguir a carreira dos pais é o sonho de toda criança. Por conta disso, o Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) virou a segunda casa da família Bastos. Isso porque o pai, Jacinto Bastos; a mãe, Silvana Aparecida Proença Bastos; e o filho André Proença Bastos têm a mesma profissão: oficial de justiça. Na semana passada, André, com 30 anos, foi nomeado para o cargo na comarca de Santa Cecília e a grande coincidência é que ele ocupa a vaga deixada pela mãe, que hoje atua na comarca de Curitibanos, onde o pai já trabalha.

A história da família Bastos com o Judiciário catarinense teve início no concurso público de 1995. Na época, o pai Jacinto foi o 1º colocado para o cargo de comissário da infância e juventude na comarca de Curitibanos. A mãe Silvana ficou na segunda posição, mas só havia uma vaga. Assim, o pai foi empossado no dia 16 de janeiro de 1996, quatro dias antes de o André completar quatro anos de idade.

A primeira coincidência aconteceu com o casal. “Em janeiro de 1998, eu fiz o concurso para o cargo de oficial de justiça para a comarca de Otacílio Costa. Passei em primeiro lugar e assumi o cargo naquele município no dia 20 de abril de 1998. No mesmo ano, a minha esposa assumiu a vaga de comissária da infância e juventude em Curitibanos, vaga ocupada por mim anteriormente”, contou Jacinto.

A esposa Silvana voltou a fazer concurso público, em 2010, para o cargo de oficial de justiça. Aprovada, ela foi nomeada para a comarca de Santa Cecília em 2012. Seis anos mais tarde, a servidora foi transferida para Curitibanos. Por conta disso, André revela que cresceu ouvindo as conversas dos pais sobre a rotina de estudos para concursos públicos até a aprovação e a rotina de trabalho no Judiciário, em especial, no cumprimento de mandados.

“Talvez por isso, de forma involuntária, eles tenham me influenciado na escolha de cursar Direito. Foi a partir desse interesse que ingressei no Judiciário, como estagiário no Fórum de Curitibanos. A primeira carreira que me fisgou, desde o início, foi a magistratura e, a partir daí, comecei a dedicar-me aos estudos para concursos, mas com a ideia de que a carreira de oficial de justiça poderia também ser muito interessante”, anotou André.

No concurso de 2018, André não teve dúvida para qual carreira se candidatar. “Conhecer um pouco do trabalho e da rotina dos meus pais, mesmo que superficialmente, foi determinante na escolha do cargo. Com a aprovação, veio a surpresa: a lotação na vaga deixada pela minha mãe, em Santa Cecília, quase 10 anos depois da posse dela na mesma comarca”, comentou o servidor recém-chegado.

A importância do oficial de justiça

Responsável pela execução de mandados expedidos pelos juízes, o oficial de justiça é um servidor público concursado essencial ao funcionamento da Justiça. Ele é encarregado de entregar mandados de intimações, notificações, penhoras, arrestos, sequestros, prisões, conduções coercitivas, buscas e apreensões de bens e pessoas, reintegração de posse de bens móveis e imóveis, nunciações de obra nova, entre outros. Ele também presta auxílio nas sessões de julgamento.

A oficial de justiça Silvana, da comarca de Curitibanos, comemorou a semana histórica para a família. “Quando criança, o André respondeu a uma professora que perguntou a ele o que queria ser quando crescesse: ‘vou ser oficial de justiça como o meu pai’. E hoje isso se concretizou. Essa conquista dele, que vem após anos de preparação, dedicação e vontade nos enche de orgulho, pois a escolha por essa carreira demonstra a consciência dele sobre a relevância e importância da função de oficial de justiça”, afirmou a mãe.

Para o pai Jacinto, André é sinônimo de humildade, dedicação, esforço e muito amor a tudo que ele faz. “Desde criança dedicado à leitura, desenho e pintura de tela. Surpreendeu-nos quando na hora decidiu escolher o curso de Direito. Quando perguntei o que ele pretendia com o curso, ele foi enfático na resposta em ser oficial de justiça, na oportunidade já era a minha profissão. Gratificante para nós pais que exercemos a mesma profissão. Vamos dar todo o apoio, suporte e orientação que ele precisar”, completou.

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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