Voltar Grupo de sete acusados que tentou resgatar colega preso em Joinville vai a julgamento

O grupo integrado por sete réus acusados de participar da explosão do muro da Penitenciária Industrial de Joinville, com o intuito de libertar um detento da unidade, enfrentará o júri popular na semana que vem. A sessão de julgamento está marcada para acontecer na quinta (13/2) e sexta (14), sempre a partir das 8 horas, no Fórum de Joinville. O juiz Gustavo Henrique Aracheski presidirá esta sessão do Tribunal do Júri.

O episódio aconteceu na madrugada do dia 13 de agosto de 2018 e envolveu nove acusados - dois deles adolescentes.  Segundo a denúncia do Ministério Público, o grupo dirigiu-se aos fundos da Penitenciária Industrial de Joinville e colocou um artefato explosivo no muro do estabelecimento prisional. A detonação, contudo, provocou destruição apenas parcial do muro, fato que impediu o grupo de invadir aquela unidade prisional.

Ainda segundo o MP, três agentes prisionais que estavam numa guarita próxima revidaram e, com isso, o grupo efetuou vários disparos contra os agentes penitenciários. Nenhum dos policiais se feriu.  

A denúncia sustenta que a tentativa de homicídio contra os agentes foi cometida por motivo torpe, pois decorreu da tentativa de resgate de um membro de facção criminosa detido na Penitenciária Industrial de Joinville. Dentro do planejamento arquitetado pelos acusados, quatro deles participaram de toda a empreitada criminosa, cientes da explosão e das tentativas de homicídio.

Consta nos autos que outro acusado deu auxílio moral e instigou a prática do crime, enquanto os demais tiveram participação material ao facilitar a execução do delito. Além disso, um dos acusados foi o responsável por ensinar os envolvidos a andar na mata para ter acesso aos fundos da unidade prisional e de lá vigiar o funcionamento do estabelecimento. 

Conforme o MP, outro rapaz repassou instruções sobre o crime e aconselhou os faccionados sobre os melhores ângulos para efetuar disparos contra as guaritas. Ele também apontou onde deveriam ser colocados os "miguelitos" - peças metálicas retorcidas que furam pneus - para danificar as viaturas policiais e auxiliá-los na fuga.

Da parte de dentro da Penitenciária Industrial de Joinville, dois detentos estavam focados em causar tumulto, distrair vigilantes durante a execução do plano e, assim, lograr êxito em deixar aberta a cela onde estava o mentor do plano de fuga. A evasão dos detentos não teve êxito porque o artefato explosivo não derrubou o muro da unidade e eles não conseguiram dar prosseguimento ao plano de fuga. Um dos homens que participaram da ação foi baleado e morreu a caminho do hospital. Vale ressaltar que o detento que no momento do ataque estava preso e articulou todo o plano também será julgado. Todos os réus estão presos (Autos n. 0018904-81.2018.8.24.0038).

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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