Voltar Judiciário catarinense cria portal e disponibiliza cartilha do trabalho não presencial

O Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) lançou nesta quinta-feira (5/11) o portal e a cartilha do trabalho não presencial durante o programa Palavra do Presidente - Ao Vivo. A partir do dia 16 de novembro, servidores, estagiários e voluntários poderão optar pelo home office, nas modalidades integral ou parcial, com a devida anuência do gestor. Desde o dia 4 de novembro, os servidores já podem ingressar no teletrabalho parcial. Em relação aos residentes judiciais, a regulamentação do home office será proposta pela Academia Judicial. O link do portal do trabalho não presencial fica na barra ao lado direito no site do TJSC, mas você também pode acessar por aqui (https://www.tjsc.jus.br/web/servidor/trabalho-nao-presencial).

Apesar do momento de investimento na qualidade de vida dos servidores e do compromisso de manutenção dos elevados índices de produtividade, o presidente do PJSC, desembargador Ricardo Roesler, anotou a preocupação pelo aumento no número de infectados pelo coronavírus no Estado e, principalmente, na Grande Florianópolis. "Vamos estabelecer as rotinas dentro dos protocolos de saúde e precisamos usar as máscaras, também dentro do ambiente de trabalho e, principalmente, quando recebemos outros servidores, advogados ou jurisdicionados. Continuamos com o trabalho presencial restritivo, sem data para terminar, mas estamos aprendendo e evoluindo todos os dias dentro da pandemia", garantiu

O presidente também fez um agradecimento especial a todos que trabalharam no projeto do trabalho não presencial. "Vocês foram incansáveis, porque trabalharam com muito afinco e dedicação neste projeto. Hoje, vamos explorar as novas resoluções sobre o trabalho não presencial e quero aqui agradecer pela compreensão de todos os desembargadores do Órgão Especial que também estão acreditando neste projeto. Era um planejamento estratégico desta administração e virou prioridade. Precisamos ter foco e acreditar naquilo que estamos fazendo, que é a realidade dentro da nossa produtividade", destacou o dirigente máximo da Justiça de SC.

Como um projeto piloto, o teletrabalho integral começou com oito servidores, em 2014. Em fevereiro deste ano, antes da pandemia, o PJSC tinha mais de 400 servidores em teletrabalho integral, que era a única modalidade existente. Com a necessidade do distanciamento social, todos os servidores entraram em home office a partir do dia 18 de março. A juíza auxiliar da Presidência Carolina Ranzolin Nerbass lembrou que para o ingresso no teletrabalho é exigida uma produtividade 20% maior, mas os números demonstram um ganho real de 40% no volume do trabalho.

A magistrada destacou a redução de custos por parte do Poder Judiciário e de todos os colaboradores. A quantia economizada pelo PJSC com o trabalho não presencial ultrapassa os R$ 28 milhões. "O trabalho não presencial tem dois focos e duas premissas. O primeiro foco é no bem-estar do servidor e, o segundo, no aumento da produtividade. Já as premissas são o binômio liberdade e responsabilidade entre o servidor e o gestor, além da necessidade de manutenção de atendimento presencial de qualidade. Vale destacar que a maturidade tecnológica do Judiciário catarinense, com a aquisição do eproc e do SEI!, possibilitou o exercício de várias funções de maneira remota", enalteceu a juíza auxiliar da Presidência.

O juiz-corregedor Sílvio José Franco destacou a possibilidade dos servidores elegerem, com a anuência do respectivo gestor, uma modalidade de trabalho não presencial mais vantajosa. "Estamos construindo um novo normal que perpassa pelo pensar diferente, fora da caixa, e a pandemia tornou-se um grande projeto piloto e acelerou o processo. Com a prioridade pelo trabalho não presencial, o Judiciário catarinense oferece a oportunidade única de liberar o servidor e o gestor para optarem pelo home office ou teletrabalho, ambos na forma parcial ou integral", afirmou.

O diretor geral Administrativo Rodrigo Granzotto Peron discorreu sobre o projeto, que prioriza o trabalho não presencial e torna o serviço presencial a exceção. Durante os dois meses da iniciativa, as diretorias que integram a DGA trabalham com 86% dos servidores em atividades remotas. Isso resultou em uma economia na devolução de um prédio, que custava R$ 1,2 milhão por ano, além da devolução de 3.500 m² de área. "As compactações continuam em todas as diretorias. Agora, as salas de reuniões foram substituídas por salas de videoconferência e, além disso, criamos o primeiro coworking do Judiciário brasileiro. O objetivo é o compartilhamento das estações de trabalho apenas para os servidores que necessitem exercer a atividade presencialmente", disse o diretor.

O assessor técnico da diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) Raphael Jaques de Souza e a servidora Ana Carolina Serpa Schaefer Martins, da equipe do Trabalho Não Presencial da DGP, explicaram as diferenças e vantagens do teletrabalho e do home office. Todas as informações podem ser acessadas na cartilha do trabalho não presencial .

 

Imagens: Divulgação/TJSC
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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