Voltar Juízes e servidores do norte do Estado também se adaptam à rotina no sistema home office

No norte de Santa Catarina, assim como nas demais regiões catarinenses, os magistrados e servidores do Poder Judiciário estão se adequando ao novo formato de trabalho dos últimos dias, em home office. Desde quarta-feira (18/3), quando foi publicada portaria solicitando que todos executem seus trabalhos de casa, os servidores atuam de forma a dar continuidade aos trabalhos como se estivessem no ambiente do fórum.

A juíza Karen Francis Schubert, da 3ª Vara da Família da comarca de Joinville, comenta que toda sua equipe está trabalhando normalmente em regime de home office no horário de expediente. "Estamos despachando e produzindo os expedientes internos. Então, estamos despachando e sentenciando, porém os prazos só vão 'correr' depois que terminar a suspensão. Além disso, estamos analisando os pedidos que entram por petições digitais, pois os processos são 100% digitais", explica a magistrada. Ela acrescenta que os advogados podem continuar protocolando os pedidos normalmente. "O atendimento está acontecendo por telefone, por meio do sistema Siga-me", comenta.

Na opinião do técnico judiciário da comarca de Joinville Jairo Joaci Kruger, o serviço em home office tem sido profícuo. "Estou fazendo minutas de despachos, controlando a pauta de audiências no sentido de passar datas, via WhatsApp, para os colegas da equipe poderem agendar audiências futuras na unidade, bem como estou fazendo as certidões das iniciais de todos os processos novos da vara que estão entrando", expõe o servidor.

Segundo ele, a única dificuldade é trabalhar com apenas uma tela de computador. "Como eu preciso pesquisar no SAJ e no eproc pelo nome e CPF das partes para certificar nos autos dos processos se existem ou não processos envolvendo as mesmas partes nas varas da família, uma tela apenas dificulta um pouquinho", argumenta o técnico judiciário lotado no gabinete da 2ª Vara da Família da comarca de Joinville.

O juiz Tiago Fachin, da 2ª Vara Cível da comarca de São Francisco do Sul, está satisfeito com o andamento do trabalho por meio de home office com sua assessoria. "Esta primeira semana de trabalho tem sido positiva, muito embora nem todos tenham tido tempo para assimilar a complexidade e os pressupostos de um trabalho realizado de forma virtual e a distância. Noto que toda a equipe da nossa unidade 'abraçou' a ideia e vem empregando o seu melhor para que a unidade consiga manter um mínimo de regularidade e fluidez em seu acelerado ritmo de processos", comemora o magistrado. Ele credita o engajamento a sua equipe de servidores e estagiários, sob comando da chefe de cartório, Anne Gerber. "Eles têm se debruçado no cumprimento das metas visando atingir os objetivos que traçou para sua equipe de trabalho, o que não foi afetado pela mudança de paradigmas e início coletivo de trabalho via home office", detalha o juiz Tiago Fachin.

Os servidores da 2ª Vara Cível da comarca de São Francisco do Sul estão bastante empolgados e motivados neste novo sistema de teletrabalho. O assessor jurídico Arom Pereira da Silva informa que o trabalho segue como antes, com acesso a todos os sistemas, expediente normal, atendimento por e-mail e telefone. "A maior mudança foi o 'baque' da adaptação em tempo recorde a esse novo modo de trabalho", frisa.  O Tribunal de Justiça disponibilizou acesso remoto aos computadores das unidades de trabalho. Ele destaca o sistema eproc, que tem a vantagem de poder ser acessado de qualquer lugar. "É reconfortante saber que sempre há essa alternativa, o que permite que as coisas sigam girando e funciona bastante bem", diz o servidor.

Para a assessora jurídica Amanda Tasca Faustino, que atua na 2ª Vara Cível de São Francisco do Sul, o desenvolvimento das atividades segue normalmente. Ela explica que o suporte prestado pelo Tribunal de Justiça faz com que todos os sistemas possam ser acessados facilmente do computador de casa, inclusive o atendimento ao telefone do gabinete via Siga-me. "Minha avaliação do trabalho em home office é positiva uma vez que, diante da necessidade atual de isolamento social, o Poder Judiciário conseguiu manter todas as atividades em funcionamento", ressalta.

Quem também aprovou o formato de home office para dar continuidade aos trabalhos foi a analista jurídica Joana Leticia Kunde, atuante na 2ª Vara Cível da comarca de São Francisco do Sul. "O acesso remoto tem funcionado muito bem, permitindo que os trabalhos sejam executados normalmente. Sem falar que, de casa, nos sentimos mais tranquilos com relação a tudo o que vem acontecendo, o que acaba interferindo positivamente no rendimento", garante a servidora.

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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