Justiça converte em preventiva a prisão dos suspeitos de linchamento em Palhoça - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

Durante a audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (18/9), a juíza Cintia Werlang, da 1a Vara Criminal da Comarca de Palhoça, decidiu converter a prisão em flagrante em preventiva de três homens acusados de matar Deivid Duarte da Silva, terça-feira (17) à tarde, no bairro Aririú, em suposta ação de linchamento. Os homens são investigados pelo crime de homicídio qualificado. Segundo a magistrada, "a prisão é necessária para acautelar a ordem pública e desestimular a prática de atos de vingança privada".

De acordo com o depoimento dos réus na delegacia, a vítima teria participado de um roubo de veículo de um motorista de aplicativo na segunda-feira à noite. Na terça-feira, a vítima foi reconhecida enquanto abastecia um automóvel, em nome de sua mãe, que teria sido utilizado para acobertar os criminosos. Com isso, os agressores começaram a agredir a vítima com socos, chutes, golpes de capacete e de corrente, em um intervalo de tempo de 20 a 30 minutos.

Uma testemunha revelou que algumas pessoas tentaram acabar com as agressões, mas foram ameaçadas. A Polícia Militar foi acionada e prendeu os acusados em flagrante. "Não retiro a revolta daquele que todos os dias sai de casa para trabalhar e tem o seu objeto de trabalho injustamente subtraído. Porém, a este cabe se valer dos órgãos oficiais para a solução do crime. Não pode vestir-se de juiz e pensar que está autorizado, ao largo da lei, a realizar a justiça com as próprias mãos e aplicar ao caso a pena que julga a mais adequada, esta medida pelo tamanho da sua revolta ou sede de vingança", disse em sua decisão a juíza.