Voltar Justiça mantém prisão de acusados de linchar e matar jovem de 20 anos em Palhoça

A Justiça da comarca de Palhoça decidiu manter presos preventivamente os três réus acusados de participação em um linchamento que resultou em morte no último dia 17 de setembro, em um posto de combustíveis do bairro Aririú, na Grande Florianópolis. O trio foi denunciado pela prática do crime de homicídio por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Em resposta à acusação, os réus formularam pedidos de revogação das prisões preventivas.

Argumentaram, em síntese, que não há motivos para a segregação cautelar, afirmando que possuem trabalhos lícitos, residência fixa e são primários. Também sustentaram que não fugiram do local dos fatos, tampouco buscaram dificultar as investigações ou ameaçar testemunhas.

A juíza Cintia Werlang, no entanto, negou os pleitos. Em decisão publicada no fim da tarde de ontem (24/10), a magistrada destacou que a manutenção da segregação cautelar se faz necessária não só para garantir a ordem pública mas também a fim de impedir que os réus prejudiquem a instrução criminal, notadamente com eventual intimidação das testemunhas. Conforme observado pela juíza, testemunhas informaram à autoridade policial que foram impedidas de auxiliar a vítima no dia dos fatos.

"Reforço que o crime foi grave, brutal e alcançou grande repercussão. A soltura prematura dos réus levará à sensação de que suas condutas não foram reprováveis e encorajará atos de vingança privada, o que não se pode permitir", anotou a juíza. Uma audiência de instrução e julgamento foi marcada para o próximo dia 17 de dezembro, na 1ª Vara Criminal de Palhoça (Autos n. 0007032-14.2019.8.24.0045).

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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