Magistradas e advogadas debatem presença feminina nos júris populares em evento da OAB - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

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A desembargadora Hildemar Meneguzzi de Carvalho, coordenadora executiva da Cevid-TJ, participou na noite de quarta-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher, do painel intitulado “Tribunal do Júri: mais mulheres no plenário”, em evento promovido pela Comissão de Direito Criminal e Assuntos Prisionais da OAB Joinville. O evento teve como objetivo  incentivar a presença feminina em todos os âmbitos, e reuniu profissionais da área e acadêmicos de direito no auditório da entidade.

“Cada vez mais as mulheres conquistam seus espaços e são notadas em todas as áreas. E mais importante do que ter mulher no Tribunal do Júri é o tratamento que juiz, advogado, réu e todas as pessoas devem ter para com as mulheres presentes nas sessões”, destaca a desembargadora.

Também presente na mesa dos debates, a juíza Regina Aparecida Soares Ferreira, titular da Vara do Tribunal do Júri da comarca de Joinville – e primeira mulher a assumir o posto desde a criação da unidade com competência única para julgamentos de crimes dolosos contra a vida –, compartilhou experiências obtidas durante sua carreira na magistratura e ressaltou que a mulher consegue com a firmeza das palavras e dos argumentos obter êxito diante dos obstáculos.

Para a organizadora do evento e presidente da Comissão de Direito Criminal e Assuntos Prisionais da OAB Joinville, Deise Kohler, o propósito foi alcançado. “O tema foi escolhido para estimular as mulheres advogadas a estarem no plenário do júri. E hoje, com a casa cheia, acredito que essa vontade foi despertada.”

“É de suma importância as mulheres participarem do Tribunal do Júri, porque hoje no Brasil sabemos que ser criminalista é difícil, ser mulher advogada criminalista complica um pouco mais e, adicionando a isso a atuação no Tribunal do Júri, fica ainda mais árduo. Porém, é preciso deixar claro que apesar das adversidades temos pontos positivos e precisamos cada vez mais nos fazer presentes nesse nicho”, finaliza a advogada criminalista Indiara Mesquita Marques.