Voltar Magistrado, em bate papo com jovens estudantes de Joinville, debate direitos humanos

Adolescentes da Escola Estadual Nagib Zattar, do bairro Jardim Paraíso, em Joinville, tiveram uma aula diferente nesta semana. Em vez de caderno e canetas para anotações, olhos e ouvidos atentos. No lugar do professor, um magistrado, e como conteúdo do bate papo assuntos relacionados ao cotidiano, desde direitos humanos, cidadania e mercado de trabalho, até acesso a saúde, graduação, questões de família e drogas.

“Minha fala foi no sentido de levar a presença do estado próximo ao ambiente de onde vivem, esclarecer as dúvidas dos jovens, que se mostraram desde o princípio muito receptivos e interessados”, conta o juiz João Marcos Buch, titular da Vara de Execuções Penais da comarca de Joinville. Ele enfatiza que começa a retomar a rotina de eventos, como este, após o período de restrições imposto pela pandemia da Covid.


 

O objetivo do encontro, de acordo com a gestora escolar Rute Ribeiro Hoepfner, foi amplamente alcançado, pois os professores também alinharam conhecimentos. “O tema direitos humanos dentro da educação básica faz parte dos tópicos transversais e do currículo das disciplinas de ciências humanas. A escola é um ambiente de construção de conhecimento científico, não apenas das ciências da natureza e exatas”. A educadora ressalta ainda que a presença de um magistrado em uma escola pública para tratar deste assunto mostra aos jovens que a violência urbana pode ser solucionada por meio da educação, da cultura e da erradicação da desigualdade social.

A estudante Maria Eduarda, presidente do Grêmio Estudantil, considerou a palestra de grande relevância pois esclareceu dúvidas sobre variados conteúdos e ainda despertou o interesse da classe de tal forma que muitos querem seguir a carreira jurídica. “Eventos nesse estilo abrem a mente sobre como é importante escolher uma profissão. Eu adorei a palestra, senti muita vontade de um dia ser advogada”, conta.

O magistrado revela que prepara um roteiro para os encontros com os jovens, porém o rumo pode ser desviado logo no início pois, a depender da realidade do grupo, a conversa flui naturalmente. “Achei sensacional a participação dos estudantes. Saí de lá abastecido de boas energias, em um dia que ficará marcado na minha memória e, acredito, na memória deles também”, finaliza.

Imagens: Divulgação/Comarca de Joinville
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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