Magistrado, em bate papo com jovens estudantes de Joinville, debate direitos humanos - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina
09 Junho 2022 | 10h37min
Adolescentes da Escola Estadual Nagib Zattar, do bairro Jardim Paraíso, em Joinville, tiveram uma aula diferente nesta semana. Em vez de caderno e canetas para anotações, olhos e ouvidos atentos. No lugar do professor, um magistrado, e como conteúdo do bate papo assuntos relacionados ao cotidiano, desde direitos humanos, cidadania e mercado de trabalho, até acesso a saúde, graduação, questões de família e drogas.
“Minha fala foi no sentido de levar a presença do estado próximo ao ambiente de onde vivem, esclarecer as dúvidas dos jovens, que se mostraram desde o princípio muito receptivos e interessados”, conta o juiz João Marcos Buch, titular da Vara de Execuções Penais da comarca de Joinville. Ele enfatiza que começa a retomar a rotina de eventos, como este, após o período de restrições imposto pela pandemia da Covid.
O objetivo do encontro, de acordo com a gestora escolar Rute Ribeiro Hoepfner, foi amplamente alcançado, pois os professores também alinharam conhecimentos. “O tema direitos humanos dentro da educação básica faz parte dos tópicos transversais e do currículo das disciplinas de ciências humanas. A escola é um ambiente de construção de conhecimento científico, não apenas das ciências da natureza e exatas”. A educadora ressalta ainda que a presença de um magistrado em uma escola pública para tratar deste assunto mostra aos jovens que a violência urbana pode ser solucionada por meio da educação, da cultura e da erradicação da desigualdade social.
A estudante Maria Eduarda, presidente do Grêmio Estudantil, considerou a palestra de grande relevância pois esclareceu dúvidas sobre variados conteúdos e ainda despertou o interesse da classe de tal forma que muitos querem seguir a carreira jurídica. “Eventos nesse estilo abrem a mente sobre como é importante escolher uma profissão. Eu adorei a palestra, senti muita vontade de um dia ser advogada”, conta.
O magistrado revela que prepara um roteiro para os encontros com os jovens, porém o rumo pode ser desviado logo no início pois, a depender da realidade do grupo, a conversa flui naturalmente. “Achei sensacional a participação dos estudantes. Saí de lá abastecido de boas energias, em um dia que ficará marcado na minha memória e, acredito, na memória deles também”, finaliza.
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)