Voltar Mulheres curadas do câncer de mama compartilham suas histórias em live do PJSC

Com o slogan "Em outubro somos todos rosa", a Diretoria de Saúde do Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) reuniu, em uma live na última terça-feira, profissionais da área para falar sobre o câncer de mama e os cuidados com a saúde da mulher. Xislayne Nastassja Bragato, técnica judiciária auxiliar da comarca de Itajaí, e Sandra Roesler, esposa do presidente do PJSC, desembargador Ricardo Roesler, compartilharam suas experiências de cura da doença. Essa é uma das ações organizadas pela diretoria para reforçar o objetivo da campanha Outubro Rosa.

"A prevenção salvou minha vida", destacou por diversas vezes Sandra, defensora dos cuidados com a saúde. Ela foi diagnosticada com câncer em 2007. Uma surpresa para quem mantinha uma rotina de consultas e exames, todos normais até então. "Quando o médico encontrou algo diferente e disse que tinha de fazer uma biópsia, tocou um alerta". Aquilo poderia ou não ser um câncer. Outro médico foi quem deu a temida notícia, mas não o que a tratou.

A cirurgia foi a alternativa e Sandra quis fazê-la imediatamente para retirar os dois seios. "A cirurgia foi um sucesso porque foi no começo. Não precisei fazer nada depois, nem quimioterapia, nem radioterapia ou tomar qualquer medicamento. Fui muito abençoada e tudo isso aconteceu graças à prevenção". Passados 13 anos, ela aconselha. "Faça a mamografia. Não deixe para depois. Ela me salvou."

Existe vida após o câncer

Xislayne tinha 34 anos e não sentia nada diferente. Em 2014, trocou o médico e fez uma biópsia que resultou na descoberta de um carcinoma, nome ainda desconhecido na época. Ela descobriu o primeiro câncer. Fez tratamento e, em março deste ano, recebeu a notícia de que estava curada. Fez novos exames e um nódulo no meio da mama apareceu. Outro câncer e mais um tratamento. Em plena pandemia, no mês de agosto, ela fez mastectomia na outra mama.

"Passei por ele na primeira vez e estou curada de novo. Existe vida antes e depois do câncer, mas é preciso se cuidar. E digo que a vida fica mais colorida depois do câncer porque a gente começa a dar valor para muitas coisas", reforça, ao destacar que a chance de ficar curada aumenta quando a doença é descoberta cedo.

Neste ano, 75% das mulheres deixaram de fazer os exames de rastreamento

Diante da pandemia e do isolamento social, muitas mulheres deixaram de fazer os exames que podem detectar a doença. Graciela de Oliveira Richter Schmidt, médica e diretora de Saúde, destaca que, apesar de muitas terem negligenciado seus exames preventivos, Santa Catarina vive um momento com melhor evolução da pandemia e não se deve perder mais tempo.

Todos os cuidados preventivos deixados de lado, em função da pandemia, com o câncer de mama e outras doenças devem ser o quanto antes retomados. "Negligenciar o tratamento pode ser mais perigoso do que a própria Covid-19. Os pacientes de alto risco devem voltar a promover seus cuidados de saúde, mas sempre procurando agendar suas consultas e exames nos primeiros horários da manhã, evitando aglomerações."

A mastologista Liliane Raupp Gomes Pizzato lembra que a estimativa é de que surjam a cada ano cerca de 60 mil casos de câncer de mama. Ela diz ainda que ter hábitos saudáveis reduz em até 25% o risco da doença e, quando descoberta precocemente, a chance de cura é próxima de 100%. A recomendação é para que mulheres com mais de 40 anos façam a mamografia anualmente. Quando alguém da família teve câncer, mulheres com dez anos menos devem fazer os exames. "As mulheres têm que se conhecer, palpar as mamas e manter as visitas ao médico em dia", reforça.

Acesse o vídeo para assistir à conversa entre elas.

Importante saber

Fatores de risco evitáveis: obesidade, consumo de álcool, fumo, sedentarismo, exposição à radiação, reposição hormonal e consumo excessivo de gordura animal.

Sinais de alerta: nódulo no seio, axila ou pescoço; alteração de cor, espessura ou textura da pele de uma das mamas; inchaço irregular em parte da mama; secreção pelo mamilo; dor ou inversão do mamilo.

Imagens: Divulgação/TJSC
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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