Voltar Museu do Judiciário Catarinense inova e acolhe visita noturna em suas dependências

Iniciativa inédita teve bom resultado

O Museu do Judiciário Catarinense promoveu neste mês seu primeiro atendimento a grupos de estudantes no período noturno. Essa iniciativa inédita foi planejada com o objetivo de tornar possível às pessoas que trabalham durante o dia e estudam à noite visitar o Museu. A visita ocorreu a partir das 20 horas da última sexta-feira (7/6).

Muitos dos alunos que vieram para visitar a exposição "Águas Revoltas: a Justiça catarinense e a Revolução Federalista" nunca haviam estado em um museu antes. É o caso de Kamila da Silva, de 21 anos. Curiosa, ela olhava todas as vitrines com avidez, fotografava e ouvia atenta a tudo o que era dito pelo curador da exposição, servidor Adelson André Brüggemann, também chefe da Divisão de Documentação e Memória do Judiciário e responsável pelo Museu.

"A experiência será marcante para eles", assegurou o professor responsável pela turma, Anésio Schlickmann Kuelkamp, para quem a visita "foi um dia histórico". Entre os visitantes estava Adenir Hermínio Vidal, que trabalha como terceirizado no Tribunal de Justiça, onde é zelador. Aos 53 anos, ele sempre trabalhou e não teve condições de estudar antes. Mas em julho deste ano concluirá o ensino médio e pretende fazer mais cursos.

"Nunca é tarde", afirmou com animação. Ele considera o Tribunal de Justiça um excelente lugar para trabalhar. O filho de Adenir, Matheus Dias Vidal, também estava entre os visitantes. Ele trabalhou como terceirizado do TJSC durante quatro anos. Agora pai e filho vão concluir o ensino médio juntos. "Este museu é uma importante vitrine do acervo documental que o Poder Judiciário catarinense preserva", disse Brüggemann. Para ele, a Constituição de 1988 deixou ainda mais clara a responsabilidade do Poder Judiciário de cuidar de seus documentos, sejam eles correspondências, documentos administrativos ou processos judiciais.

Nas vitrines da exposição "Águas Revoltas" estão processos de pessoas que participaram da Revolução Federalista de uma forma ou de outra, como é o caso de um capitão de navio que teve toda a mercadoria que transportava apreendida pelos revoltosos e foi obrigado a permanecer por meses no porto de Desterro. Após visitarem a exposição, os estudantes foram guiados pelos jardins do Tribunal de Justiça e tiveram a oportunidade de conhecer a Capela Ecumênica.

SERVIÇO

Evento - exposição "Águas Revoltas: a Justiça catarinense e a Revolução Federalista".

Horário - das 12h às 19h para visitas espontâneas, e visitas guiadas mediante agendamento.

Local - Museu do Judiciário, que fica no Hall Superior da Torre I do Tribunal de Justiça, na rua Álvaro Millen da Silveira, 208.

O que inclui - fazem parte da visita guiada explicações sobre a Revolução Federalista e os documentos expostos; a exibição do filme "Desterro", de Eduardo Paredes; e oficinas para manuseio de processos antigos. Os dois últimos itens conforme o interesse e tempo disponível dos grupos.

Quanto tempo dura - em torno de uma hora e meia (sem oficina).

Quanto custa - a visita é gratuita.

Como agendar - enviar e-mail para ddi.museu@tjsc.jus.br ou telefonar para (48) 3287 2436.

Imagens: Divulgação/Museu do Judiciário
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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