Voltar Oficial de Justiça há 33 anos vai ver hoje o filho ser empossado para o mesmo cargo

Natural de Itajaí, Evaldo de Aquino é servidor do Poder Judiciário de Santa Catarina há 34 anos e nove meses, sendo 33 anos e quatro meses dedicados à função de oficial de justiça, cargo para o qual o filho, Bruno de Aquino, toma posse nesta sexta-feira (18/6) às 13h30min. Evaldo está lotado na comarca de Itajaí. O filho, no entanto, exercerá o cargo do outro lado do rio Itajaí-Açu, na Comarca de Navegantes. A família está orgulhosa e o pai, aos 54 anos, garante que não interferiu na decisão de Bruno, "A participação da família nessa escolha foi somente de apoiá-lo nas suas decisões".

Por interferência ou não, Evaldo também ingressou no Judiciário seguindo passos  familiares. A mãe, senhora Terezinha Kuhn, foi agente de serviços gerais, cargo hoje extinto no PJSC. "Soube pela minha mãe que o escrivão da 1º Vara Criminal precisava de um office boy para auxiliar no cartório em atividades como levar as correspondências nos Correios, registrar sentenças à mão e outros pequenos serviços, tendo em vista a falta de servidores na época", conta.

Ele foi contratado por Evaldo Augusto Slomp, servidor aposentado. Para diferenciar os dois, já que tinham os mesmos nomes, Evaldo de Aquino ganhou os apelidos Segundinho e Segundo, que perduram até hoje. À medida que surgiram os concursos públicos, Segundinho foi aprovado. Passou primeiro para o cargo Agente de Serviços Gerais, o mesmo que a mãe desempenhou, depois para Técnico Judiciário, em Itajaí, e então para Oficial de Justiça. Começou a atuar em Blumenau até ser transferido para Itajaí, com breve passagem por Balneário Piçarras.

No exercício da função, que o filho agora vivenciará, estão presentes diversas situações e cenas chocantes. "Mandados de busca e apreensão de menores, despejos e reintegração de posse e afastamento do lar, no meu ponto de vista, são as ordens mais complexas que cumprimos diariamente", comenta o servidor. Além de sensibilidade e jogo de cintura para lidar com essas questões, Segundinho comenta que Oficiais de Justiça vivem constantemente com as alterações nas leis, sendo necessário aperfeiçoamento constante.

Apesar do desafio, que ele já encara por mais de três décadas e ainda não sabe se quer largar quando a aposentadoria chegar em 2023, ele está seguro que o Judiciário catarinense vai ganhar mais um ótimo integrante, com o filho Bruno no cargo. "Ele é uma pessoa dedicada e comprometida com a função que vai exercer".

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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