Voltar Oficina da Parentalidade distingue crise familiar de ruptura conjugal nos dias atuais

O Serviço de Mediação Familiar da comarca de Joinville realizou nesta semana mais uma Oficina da Parentalidade, evento que busca contribuir com informações que auxiliem as pessoas a distinguir uma crise de desenvolvimento da família de uma crise de ruptura conjugal.

Desta feita, as 25 pessoas que participaram da oficina, desenvolvida no Salão do Tribunal do Júri, receberam informações sobre os principais reflexos trazidos pelo novo contexto de família nas questões da conjugalidade. Entre eles, a diminuição do casamento civil, o aumento no número de divórcios, o crescimento de famílias monoparentais, arranjos multigeracionais, guarda compartilhada e alienação parental.

"Muitas vezes, os filhos acabam negligenciados ou superprotegidos, em extremos que trazem danos ao seu desenvolvimento biopsicossocial, refletidos no surgimento de doenças, no rebaixamento da autoestima, bem como na queda do rendimento escolar. Os casais precisam entender como lidar com situações adversas", expõe a assistente social Simone Medeiros, da comarca de Joinville. Yuri, um dos participantes do encontro, considerou a experiência de participar da oficina muito interessante e didática.

"Estou separado e tenho um filho de três anos. Minha esposa está querendo a pensão alimentícia e eu não estou concordado com o valor requerido por ela. Por isso, vim aqui hoje para compreender mais sobre o assunto", explicou o jovem, que estava acompanhado de sua mãe. O caso do Thiago, outro participante, é bem semelhante. Com um filho de sete anos, sua companheira quer oficializar a pensão alimentícia. "Atualmente, dou dinheiro para ela e então ela me dá um recibo. Ela entrou com processo para oficializar a pensão. Sem dúvida, esse valor mensal que forneço a ela vai aumentar", supõe.

O Serviço de Mediação Familiar funciona na comarca de Joinville desde 2002. Ele atende demandas judiciais e pré-processuais. Em 2013, começaram os encontros da Oficina de Parentalidade, resultado da compreensão sobre a importância e a necessidade de repassar orientações e informações sobre as questões que envolvem a estabilidade dos filhos e da nova família.

A intenção é que as partes que ingressam com processos nas varas da família sejam direcionadas/intimadas para participar de uma Oficina de Parentalidade. Depois, devidamente esclarecidas sobre o caminho a ser percorrido, elas podem escolher o procedimento que melhor atenda às suas necessidades para a solução do conflito: conciliação, mediação ou processo judicial.

Imagens: Thiago Dias/Assessoria de Imprensa TJ - Comarca de Joinville
Conteúdo: Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa e Fabrício Severino
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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