Voltar Outubro Rosa: especialistas destacam a importância de exames periódicos de mamografia

O Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) reforça sua preocupação com as servidoras e magistradas, além dos seus familiares e sociedade em geral, na prevenção ao câncer de mama. Tanto que no primeiro programa Palavra do Presidente - Ao Vivo deste mês, nesta quinta-feira (1º/10), a campanha Outubro Rosa recebeu destaque com a presença de médicos especialistas e da esposa do presidente do PJSC, Sandra Regina Roesler, que fez o seu depoimento sobre a doença. Além das diferentes abordagens e dos conselhos sobre hábitos e alimentos saudáveis, todos destacaram a importância da prevenção com a realização de exames periódicos de mamografia.

Como é de costume, o presidente do PJSC, desembargador Ricardo Roesler, fez a introdução do programa. Na oportunidade, ele comemorou os 129 anos da Justiça catarinense neste 1º de outubro. "Hoje faço uma reverência ao Poder Judiciário de Santa Catarina, nesta missão de defender os interesses da sociedade. Em permanente posição de vanguarda, temos, sim, muito o que festejar e comemorar, apesar da situação excepcional que vivenciamos. O Judiciário sempre terá nas pessoas o seu maior patrimônio e o programa de hoje é um exemplo disso. E para demonstrar a importância do Outubro Rosa, hoje abro mão da privacidade da minha família e trago um depoimento da minha querida esposa, que um dia recebeu o diagnóstico de câncer", destacou o dirigente máximo do PJSC.

A diretora de Saúde do Judiciário catarinense, médica Graciela de Oliveira Richter Schmidt, destacou a necessidade de adotar hábitos saudáveis e convidou a todos para um novo encontro no dia 13 de outubro, a partir das 14h, no canal do TJSC no YouTube, para uma live sobre os cuidados na prevenção ao câncer de mama. "O grande desafio é: como fazer na prática para ter uma alimentação saudável? Porque todos sabemos o que fazer, mas não podemos apenas ir contra tudo que gostamos. Precisamos também adicionar hábitos que valorizam a nossa saúde. Fazer atividades físicas prazerosas e um estilo de alimentação equilibrada, que também proporcione o prazer", afirmou a médica.

Curada de um câncer de mama, a primeira-dama do PJSC, Sandra Regina Roesler, revelou sua experiência diante de uma doença grave. Ela acredita que a descoberta precoce do carcinoma invasivo fez toda a diferença para sua recuperação. "Um buraco enorme abriu-se aos meus pés e dos meus entes queridos com o diagnóstico. A palavra é muito forte e se parece com uma sentença de morte, mas posso dizer que não é. O câncer de mama tem cura com o diagnóstico precoce e, por isso, levanto a bandeira da mamografia. Foi o meu caso. Antes de uma viagem, recebi o pedido de exame da mamografia e o médico disse que poderia ficar para o retorno. Acabei fazendo antes e o resultado foi positivo. Cancelei a viagem e ao médico pedi para ser operada no dia seguinte. Pela descoberta precoce, por ser o nódulo bem pequeno e por uma cirurgia bem-sucedida, não precisei fazer quimioterapia, radioterapia e não tomei nem uma aspirina. O meu apelo é que não deixem de fazer a mamografia anual", enfatizou.

O médico mastologista Luciano Rangel destacou o aumento de casos em mulheres cada vez mais novas nos últimos 10 anos, principalmente na faixa etária entre os 30 e os 50 anos de idade. "Mais de 45% dos casos são em mulheres com menos de 50 anos. Chegamos a ter alguns casos em mulheres com menos de 30 anos. Recomendamos uma autoconsciência corporal e visitas periódicas aos ginecologistas. A mama é diferente a cada dia e fica difícil perceber a alteração, mas o importante é uma observação mais detalhada após as menstruações. Quem tem histórico familiar deve começar o rastreamento 10 anos antes da idade em que o paciente mais jovem da família foi diagnosticado", pontuou o médico.

Já a médica Adriana Magalhães de Oliveira Freitas, presidente em Santa Catarina da Sociedade Brasileira de Mastologia, ressaltou que o objetivo da campanha Outubro Rosa é identificar aquele câncer de mama silencioso. "O que a gente pede é uma avaliação de qualidade. Isso porque muitas mulheres fazem os exames mas não retornam ao médico. O médico atento na hora da consulta consegue perceber detalhes que às vezes o exame não pontuou. É necessário ouvir os conselhos médicos para todos os casos, de quem tem diagnóstico positivo ou não. No Brasil, 20% dos casos acontecem em mulheres jovens", frisou.

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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