Voltar Pais separados participam da "Oficina de Parentalidade" na comarca de Joinville
A 2ª Vara da Família da comarca de Joinville, juntamente com a equipe do Serviço de Mediação Familiar do Fórum, promoveu ontem (3/12) mais uma edição do projeto "Oficina de Parentalidade". O objetivo foi mostrar aos 30 participantes os métodos adequados para a resolução de disputas familiares, como a conciliação e a mediação, que promovem autonomia e corresponsabilidade nas decisões de pais separados.
 
A assistente social da comarca de Joinville Simone Medeiros explicou detalhadamente o modelo de sistema familiar e os diversos tipos de crises que podem ocorrer na família. A intenção do trabalho, segundo ela, é contribuir com informações que ajudem as pessoas a distinguir entre uma crise de desenvolvimento da família e uma crise de ruptura conjugal. "Nossa forma de comunicação ainda é muito violenta. Num convívio conjugal, existem necessidades e sentimentos que precisam ser conhecidos e reconhecidos mutuamente, atitudes a serem compreendidas e repensadas antes de qualquer ação. Uma criança precisa ser acolhida e orientada, mas não se deve exigir que ela escolha ficar com o pai ou com a mãe", adverte a assistente social. As oficinas acontecem em Joinville desde 2013 e são destinadas às pessoas que pretendem entrar ou já entraram com processo judicial, seja pela guarda dos filhos, seja por pensão alimentícia ou outros casos que envolvam disputa familiar.
 
Um dos participantes da oficina foi o autônomo Jonatan. Separado da esposa há oito meses, ele tem três filhos (com idades de nove, seis e três anos) e ainda não contribui com pensão alimentícia, que vem sendo cobrada pela esposa. "Vim participar da oficina para entender melhor como funciona esta questão. Percebi que muitas vezes o casal poderia resolver as disputas bem mais rápido, sem precisar acionar o Poder Judiciário", expõe Jonatan.
 
Com a filha de um ano e dois meses no colo, Maria (nome fictício) acompanhou a oficina atenta a todos os detalhes. Aos 18 anos de idade, Maria cria sua filha sozinha há um ano, desde que seu companheiro a deixou. Na Oficina de Parentalidade, Maria veio saber de seus direitos e disse que vai requerer pensão alimentícia do pai da criança. "No início estava bastante tensa, mas depois o pessoal me acolheu muito bem. Vim aqui para coletar informações sobre a guarda compartilhada", comenta aliviada. Ela acrescenta que o pai da criança já concordou em pagar a pensão alimentícia.
 
A psicóloga Renata Rodrigues Braga e a assistente social Silvia Torrecija Rodrigues, ambas da Apae de Joinville, também buscaram na Oficina de Parentalidade mais informações para compartilhar com os pais dos alunos. "Vou utilizar os ensinamentos para orientar pais, pois conhecendo o processo fica bem mais fácil. Temos percebido que as separações também prejudicam o desenvolvimento dos alunos com esses conflitos de casal. Sem dúvida, isso não é bom para a criança", explica a psicóloga da Apae. As Oficinas de Parentalidade ocorrem sempre na primeira segunda-feira do mês, no horário das 8h30 às 11 horas, no auditório do Tribunal do Júri da comarca de Joinville.
Imagens: Thiago Dias/Assessoria de Imprensa de Joinville
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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