Voltar Palestra no TJ promovida pela DS aborda necessidade de cuidados com a saúde mental

Santa Catarina e Florianópolis, respectivamente, ocupam a vice-liderança nacional no registro de suicídios entre todos os estados e capitais do Brasil. A informação foi compartilhada por André Borguezan, policial militar e fundador do Núcleo de Apoio à Vida de Rio do Sul, ao participar de palestra alusiva à campanha Setembro Amarelo na sede do Tribunal de Justiça, na última sexta-feira (2/9). O evento foi promovido pela Diretoria de Saúde (DS) e pela Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina. 

Em pauta, a importância de quebrar o silêncio em torno do suicídio, combater o estigma que o envolve e conhecer as maneiras de preveni-lo. A cada dia, em média, 2.200 pessoas cometem suicídio no mundo. No Brasil, a cada 45 minutos uma pessoa morre vítima de suicídio. Esses números, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), superam os de mortos por homicídio e guerras juntos. 

É a segunda maior causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos. A primeira é acidente de trânsito. Em 90% dos casos, ainda segundo a OMS, as pessoas que cometem suicídio têm algum tipo de transtorno mental que poderia ser tratado. “Há uma maneira de quebrar o tabu”, afirmou André, “e é com informação”. Ele apresentou um panorama sobre o tema, alertou que os casos de depressão crescem muito nos últimos tempos e que o Brasil é o segundo país que mais consome Rivotril.

André tocou num ponto crucial: “É preciso ficar atento aos alertas, como frases do tipo: 'Eu sou um fracassado, eu não aguento mais, eu sou um peso para os outros, eu prefiro estar morto etc.' Algumas mudanças de hábito também podem ser um alerta. Segundo o policial, as pessoas que cometem suicídio o fazem para matar a dor que sentem. Além disso, ele ressaltou que “caso o suicídio aconteça, é importante cuidar dos familiares das vítimas”.

Já Gabriel Gómez, psicanalista, escritor, palestrante e professor da Escola de Psicanálise de Curitiba, enfatizou a importância de saber ouvir o outro. Escutar, segundo ele, demanda trabalho e dedicação. “É uma forma de cultivo, quase uma arte, mas uma arte que não deixa obras visíveis e monumentos, tão somente efeitos e palavras.”

Para Erika Medeiros Braz, psicóloga formada pela Univali e com pós-graduação em Psicologia Transpessoal e Psicodrama, “a reflexão e o autoconhecimento, aliados à informação, nos possibilitam reorganizar e reescrever nossa trajetória, além de serem de suma importância no combate ao adoecimento emocional”.

Qualquer colaborador do PJSC que precise de auxílio para si próprio ou para um colega de trabalho poderá acionar, no horário de expediente, a Diretoria de Saúde pelo número (48) 3287-7600 ou, em funcionamento 24 horas, o Centro de Valorização da Vida - CVV (tel. 188). A íntegra das palestras está disponível no canal do TJSC no YouTube

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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