Voltar Policiais  do GAECO garantem que análises minuciosas de metadados podem resolver crimes

Para encerrar o V Encontro Nacional de Inteligência do Poder Judiciário, os agentes da Polícia Civil Carlos Henrique Pires e Marcos Paulo Peron, que integram o CyberGAECO/MPSC, debateram sobre o tema “Inteligência Cibernética: desafios e boas práticas”. A dupla destacou a necessidade de especialização e treinamento de agentes para um trabalho de excelência do setor de inteligência.

Promovido pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), por meio da Academia Judicial e do NIS (Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional), o evento aconteceu no Costão do Santinho Resort, em Florianópolis. O coordenador de Inteligência e Segurança Institucional do MPSC, promotor de justiça Márcio Conti Junior, abriu essa plenária.

Hoje, o Brasil tem 165 milhões de pessoas com acesso à internet. Isso representa 75% da população. Dentro desse universo, 96% têm smartphone. Atualmente, os telefones têm quase todas as informações de seus usuários. Localizações, conversas, imagens e muito mais.

Palestra dos policiais do GAECO.
 

“O nosso desafio hoje é como analisar todas as informações disponíveis por meio dos dados telemáticos. Por conta disso, investir em especialização e treinamento dos agentes é essencial e dá mais retorno do que apostar em soluções prontas. Além disso, o mais importante é encontrar o policial com perfil para trabalhar com inteligência. Não adianta colocar alguém especialista em ações táticas para buscar metadados”, comentou Marcos Paulo Peron.

Carlos Henrique Pires apontou que também é necessário saber onde buscar um determinado tipo de informação. Quais são as plataformas que coletam CPFs, e-mails e fotos entre outras informações. Para explicar melhor a situação, os policiais apresentaram uma imagem de ameaça enviada a um magistrado. A foto mostrou a mão de uma pessoa segurando uma arma.

“Uma simples foto pode ter muita informação. Sabendo analisar os metadados, podemos conseguir a data em que a imagem foi tirada. Além disso, também conseguimos identificar o modelo da câmera, o nome do arquivo, o local do armazenamento e a localização por GPS de onde a foto foi feita, por exemplo. O local por onde a ameaça foi realizada também faz diferença. Dependendo do meio, a imagem pode ter os metadados limpos e essa situação dificulta a investigação. Assim, o importante também é monitorar as mídias sociais das vítimas e dos investigados”, completou o policial Pires.

Imagens: Divulgação/TJSC
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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