Voltar Processo eletrônico exigirá migração de sistemas e, principalmente, de cultura

Constatação partiu do presidente do CGInfo

A implantação do processo eletrônico no Judiciário de Santa Catarina exigirá não só a migração de sistemas mas também, e principalmente, a migração de cultura. A constatação, elaborada pelo desembargador Jorge Henrique Schaefer Martins, presidente do Conselho Gestor de Tecnologia da Informação (CGInfo) do Tribunal de Justiça, foi por ele exposta nesta manhã (2/7), durante reunião que manteve com magistrados, assessores e servidores de seis comarcas que vão ingressar na era virtual ao longo deste mês de julho: Itajaí, Balneário Piçarras e Navegantes, já nesta segunda-feira (7/7); e Itapema, Camboriú e Barra Velha, no próximo dia 22.
 
No encontro, realizado no auditório do Tribunal do Júri da comarca de Itajaí, os colaboradores tomaram conhecimento dos números e estatísticas mais recentes sobre o processo eletrônico e sua marcha por todo o Estado, onde já está presente em 81 das 111 comarcas, com 650 mil processos digitais ativos - em um universo de mais de 2 milhões de processos - e mais de 6 milhões de petições eletrônicas protocolizadas desde 2006. "Não seremos nós os únicos dinossauros resistentes ao inexorável avanço tecnológico, neste momento em que as distâncias são abolidas no mundo virtual", conclamou o desembargador Jorge Schaefer.
 
A reunião serviu também para que aspectos técnicos e operacionais fossem repassados, principalmente sobre as mudanças que virão com a migração tão próxima. Novos fluxos de trabalho, distribuição e certificação automática de prazos, produção e assinatura de expedientes em lotes - enfim, a Justiça trabalhará com outros desafios. "A velocidade que nos é cobrada, e que o cidadão efetivamente faz por merecer, poderá ser alcançada com o processo digital", acredita o presidente do CGInfo.
 
Para tranquilizar eventuais temores ao novo, o magistrado adiantou que haverá uma equipe para garantir suporte local às comarcas ao longo das próximas duas semanas, já com retorno marcado para um mês após a migração, além de suporte remoto e até um serviço 0800 para atender e esclarecer dúvidas dos advogados - 53% destes profissionais já estão devidamente habilitados para operar no processo digital em Santa Catarina. A comitiva do CGInfo esteve composta, ainda, do coordenador executivo, juiz de 2º grau Dinart Francisco Machado, e do assessor Giovanni Moresco, reforçada pelo diretor de Tecnologia da Informação, Ricardo Rosa Figueira, e por técnicos da DTI.
Imagens: Ângelo Medeiros - Assessoria de Imprensa TJSC
Conteúdo: Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa, Maria Fernanda Martins e Sandra de Araujo
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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