Voltar Reforço do isolamento social é unanimidade no Comitê Interinstitucional da Covid-19

O Comitê Interinstitucional de Acompanhamento da Covid-19 voltou a reunir-se nesta terça-feira (18/8), em videoconferência coordenada pelo presidente do Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC), desembargador Ricardo Roesler, para a atualização das informações técnicas da pandemia provocada pela Covid-19 no Estado. A diretora de Saúde do PJSC, médica Graciela de Oliveira Richter Schmidt, e a assessora jurídica do Núcleo II da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ), Ramila Rossa, reforçaram a necessidade do isolamento social neste período em que 12 das 16 regiões do Estado estão com o risco potencial de transmissão gravíssimo. O entendimento foi unânime entre os integrantes do comitê.

Santa Catarina registrou até a última segunda-feira (17) 121.666 casos confirmados, com 9.807 casos ativos e 1.840 óbitos. A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é de 75,78%. "A taxa de transmissão no Estado nunca esteve tão elevada. Há duas semanas estava em alta e declinou um pouquinho na região Oeste, mas voltou a subir. É uma preocupação para a gente, porque gostaríamos de ter o controle, mas a taxa está subindo. E a gente sabe que o índice de contaminação acima de 1% significa risco de propagação exponencial", alertou a médica do PJSC.

A diretora de Saúde ressaltou que para o retorno ao trabalho presencial é necessária a redução dos números por no mínimo três semanas. São quatro os índices que devem ter um acompanhamento especial. A médica explicou que são necessários a diminuição de novos casos por semana, a redução de mortes por semana, a queda na taxa de transmissão e o encolhimento da porcentagem de ocupação dos leitos de UTI por pacientes da Covid-19. A falta de medicamentos para entubar pacientes também foi um ponto destacado pela equipe técnica do Judiciário.

O presidente do PJSC ponderou que o Estado registrou um aumento no número de óbitos, mas a ocupação dos leitos de UTI não acompanhou esse crescimento. "É evidente que o cenário não melhorou e, pelo contrário, piorou em grande aspecto e número no Estado. Está ficando delicada a administração desta pandemia na relação do afastamento e da interrupção dos serviços presenciais. O momento é delicadíssimo. Precisamos saber aonde podemos chegar? O que poderemos fazer? Como fazer? Quem poderá fazer dentro do sistema judicial? Essa é a compreensão que espero que todos reflitam. Até podemos pensar em avanços, mas sempre preocupados com a saúde dos servidores, magistrados, operadores do Direito e sociedade, que é o nosso objetivo final", anotou o desembargador Ricardo Roesler.

A videoconferência contou com a participação do 1º vice-presidente do PJSC, desembargador João Henrique Blasi; da corregedora-geral da Justiça, desembargadora Soraya Nunes Lins; do 2º vice-presidente do PJSC, desembargador Volnei Celso Tomazini; e do 3º vice-presidente do PJSC, desembargador Salim Schead dos Santos, além de juízes auxiliares da Presidência, diretores e servidores. Também estiveram presentes o procurador-geral de Justiça, Fernando Comin; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina, Rafael Horn; o procurador-geral do Estado, Alisson de Bom de Souza; e o defensor público-geral, João Joffily Coutinho, entre outras autoridades.

Imagens: Divulgação/TJSC
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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