Voltar Retorno gradual do PJSC vai obedecer ao mapa de risco semanal do Governo do Estado

Para atender parte da sociedade que tem dificuldade de acesso à internet e para cumprir atos que necessariamente são presenciais, o Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) publicou a Resolução Conjunta GP/CGJ n. 17, que prevê o retorno gradual a partir do dia 1º de julho. O retorno presencial de servidores e magistrados obedecerá ao mapa de risco divulgado semanalmente pelo Governo do Estado. Regiões em nível gravíssimo terão até 20% do pessoal da unidade; em nível grave, até 30%; e no alto, até 50%. Vale ressaltar que o acesso continua restrito ao público em geral, com exceção das pessoas convocadas, com horário marcado ou sem acesso remoto.

O retorno e a necessidade de vacinação foram debatidos nesta quinta-feira (24/6), durante mais uma edição do programa Palavra do Presidente – ao Vivo, que está disponível no canal do TJSC no YouTube. O presidente do Judiciário de Santa Catarina, desembargador Ricardo Roesler, ressaltou que durante um ano e três meses de pandemia passamos por momentos bons e ruins, com avanços e retrocessos.

“O momento é de estabilização dos índices, embora ainda em um patamar preocupante, mas com planejamento preparamos o retorno gradual. A nossa preocupação sempre foi com a saúde de servidores e de magistrados, sem deixar de atender a nossa atividade, que é a prestação jurisdicional. Chegamos a um limite, em que a sociedade também caminha para um retorno do novo normal, com o avanço das vacinas. Assim, todos deverão ser vacinados, porque é um respeito que teremos com todos. Não vacile, vacine”, anotou o dirigente máximo da Justiça catarinense.

Cláudio Eduardo Régis de Figueiredo e Silva, juiz auxiliar da Presidência, compartilhou a informação de médicos sobre a previsão de que a pandemia ainda perdure por até quatro anos. “O nosso público também é formado por pessoas humildes e que têm dificuldade de acesso ao meio digital. Temos ainda gargalos importantes como os mandados e as audiências – que já foram retomadas em todo o Estado, assim como os júris com réus presos. A volta será com muita cautela e todos os cuidados sanitários”, afirmou o magistrado.

A juíza auxiliar da Presidência Carolina Ranzolin Nerbass lembrou que a administração não ignora o momento crítico, bem como o apelo da sociedade. O objetivo, segundo a magistrada, é retornar com o mínimo possível, e a resolução apresenta algumas novidades. Uma delas é a possibilidade de um único servidor responder por vários setores que estiverem no mesmo prédio. Ela também destacou a abertura dos ambientes do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC) nas unidades judiciárias. O acesso de pessoas a esses espaços só será permitido quando for inviável o contato remoto.

“Estamos adquirindo máscaras N-95 para todos os 12 mil colaboradores - cada um receberá cinco unidades. Também autorizamos a utilização das salas passivas para ajudar a população sem acesso à internet ou que não tem um equipamento para as audiências. E o Judiciário catarinense continua atendendo preferencialmente pelo Balcão Virtual, que simula o atendimento presencial em todas as 384 varas de 1º grau”, reforçou a juíza auxiliar.

Por fim, a diretora de Saúde do PJSC, médica Graciela Schmidt, explicou como funciona o sistema imune e enfatizou a necessidade de vacinação de todos. Ela informou que os servidores com restrição a vacina devem informar seus superiores imediatos. Cada caso será avaliado de forma sigilosa. Ela ressaltou que as máscaras serão fornecidas, primeiramente, para os oficiais de justiça, assistentes sociais e psicólogos.  

“Muita gente fala do receio de tomar a vacina, principalmente pelo risco de trombose. O que a gente esqueceu é que tomar um anticoncepcional traz um risco maior de trombose do que a própria vacina, por exemplo. O tabagismo é outro fator que causa mais trombose do que a vacina. Mas o que realmente causa trombose é a Covid-19, em que 20% das vítimas internadas desenvolvem essa complicação. Assim, os efeitos colaterais das vacinas são bem menores que o risco de a doença evoluir para um estado grave. Além disso, a imunidade completa só acontece 30 dias após a segunda dose. Na vacina de dose única, 30 dias após a aplicação”, esclareceu a médica. Importante anotar que a campanha de vacinação contra a gripe influenza do Judiciário de Santa Catarina foi prorrogada até o dia 6 de julho.

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Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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