Voltar Secretaria de Gestão Socioambiental alerta para as consequências das mudanças climáticas

O mecânico Alfredo Moser, mineiro de Uberaba, teve uma ideia genial que se espalhou por 15 países, com impacto positivo na vida de milhares de pessoas. Quando sua casa ficou sem luz, numa noite de 2002, ele utilizou garrafas plásticas pet com água e uma pequena quantidade de cloro. O insight de Moser, 20 anos depois, é reproduzido em mais de um milhão de casas e é chamado de “luz engarrafada”. Sua saga foi narrada pela BBC.

O que este assunto tem a ver com o Poder Judiciário de Santa Catarina? E qual a relação dele com os impactos das mudanças climáticas? Estas são algumas das questões debatidas pela Secretaria de Gestão Socioambiental, do TJSC, que lançou o Programa Dicas de Sustentabilidade na segunda-feira (06/06) e, ao longo da semana, publica uma sequência de matérias sobre o meio ambiente. A ação faz parte das comemorações do Dia do Meio Ambiente, celebrado no domingo (05/06). “Solução sustentável de iluminação, a invenção de Moser beneficiou comunidades vulneráveis na Índia, Bangladesh, Tanzânia e Fiji, entre tantas outras”, sublinha Pierry Santos Gonçalves, da Secretaria de Gestão Socioambiental do TJSC. 

Para ele, a questão se relaciona a outra, extremamente urgente: a mudança climática. “Essas mudanças vão muito além da discussão sobre o aumento da temperatura no planeta em 1,5 ou 2 graus”, diz. O fenômeno, pontua o servidor, causa a perda de biodiversidade, acidificação dos mares, insegurança alimentar, desastres naturais e aumento de eventos extremos.

As transformações, explica Pierry, podem ter causas naturais, como variações na radiação solar, nos movimentos orbitais da Terra ou ser consequência das atividades humanas.  “Desde 1800, a partir da Revolução Industrial, o homem tem sido o principal protagonista das mudanças climáticas, principalmente pela emissão de gases de efeito estufa, com a queima de combustíveis fósseis, de derivados de petróleo, de carvão mineral e de gás natural”, afirma. 

E, claro, em decorrência do desmatamento, da agropecuária, da decomposição de resíduos, do sistema industrial, de construção e de transportes. “As consequências do aumento da temperatura”, explica Aline Souza Cândido, estagiária da Secretaria e aluna do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC, “incluem secas intensas e prolongadas, ondas de calor, eventos de chuvas extremos, ciclones tropicais, tempestades, incêndios severos, enchentes, enxurradas e deslizamentos, além de derretimento das calotas polares e aumento do nível do mar”.

Segundo ela, o impacto das mudanças climáticas incide principalmente sobre populações mais pobres e de países em desenvolvimento, com pouca capacidade de adaptação a riscos e baixa resiliência, que “historicamente são os que menos contribuíram para a emissão de gases de efeito estufa”, afirma. A chefe da Secretaria de Gestão Socioambiental, Helen Petry, destaca algumas ações práticas que podem ser tomadas: “acelerar o fim do uso de combustíveis fósseis, implementar uma transição para energia limpa e renovável, investir na eficiência energética e na redução de consumo, investir para adaptação e resiliência, reduzir o desmatamento e investir em reflorestamento, reduzir as emissões de metano e investir em transportes coletivos com baixa emissão de gases de efeito estufa”.

Para Helen, ações governamentais integradas, aliadas a boas ideias – como a de Alfredo Moser - podem tornar o mundo mais sustentável e a vida de todos nós mais saudável. 

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Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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