Servidor migra do papel aos bytes e usa a informação para aprimorar os processos do TJ - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

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Voltar Servidor migra do papel aos bytes e usa a informação para aprimorar os processos do TJ
24 Setembro 2021 | 10h31min

O jovem talvez nem soubesse, mas as montanhas de papéis e milhares de informações que manuseava diariamente, em sua rotina como empregado de uma banca de jornais e revistas, o acompanhariam em sua trajetória profissional, porém transpostas para o mundo virtual, onde tudo - ou quase tudo - circula neste século 21.

Visionário, intuiu desde logo para onde seguia a humanidade. “No final dos anos 1990, meu irmão mais velho comprou um computador e aquilo nos instigou muito. Eu pensei: esse negócio tem futuro!”, relembra. O papel, imaginou, logo daria lugar aos bytes. Isto passados 25 anos.

Formado em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Sérgio Weber atua há 14 anos com a gestão da informação no Tribunal de Justiça. Desde 2016, faz parte da Assessoria de Planejamento (Asplan). Nesta trajetória, acompanhou muitas mudanças.

Os escaninhos e mesas abarrotados de arquivos sumiram e o trabalho repetitivo praticamente desapareceu. Neste tempo, a tecnologia e o uso da inteligência artificial foram fundamentais para construir uma Justiça mais célere, eficiente e transparente. E Weber foi parte dessa missão.

“Quando eu entrei no TJ, em 2007, existiam muitos processos físicos, então havia muita carga de processos entre os gabinetes e para o atendimento ao público. E eram pilhas e pilhas de processos. O primeiro impacto do servidor que estava chegando era: 'Meu Deus, como esse povo se encontra em tanto papel? Como não se perde?'”, recorda.

A informação, que antes era encontrada apenas nos papéis, migrou para as telas e, hoje, permite uma análise apurada dos dados por meio de uma série de mecanismos, entre eles a inteligência artificial. “Acho que é só o começo da jornada. Cada vez mais, as atividades manualizadas tendem a ser automatizadas. Vamos utilizar a inteligência humana para aquilo que é próprio do humano: aquele trabalho intelectual, o julgar, que exige sensibilidade. Nisso o humano nunca vai ser substituído”, ressalta.

O servidor lembra alguns ciclos que vivenciou na instituição, do trabalho em meio físico ao eletrônico, do sistema SAJ ao eproc, e classifica as mudanças como naturais, pois as transformações no meio digital constituem o “novo fazer”, que pode ser traduzido simplesmente pela meta de recomeçar sempre.

Weber, que se considera um manezinho de São José, na Grande Florianópolis, garante ser apaixonado pela causa da Justiça e fez dela seu propósito de vida, tanto dentro como fora dos muros do Tribunal catarinense. “Eu sou voluntário desde jovem dentro da Igreja Católica. Ajudo nas missas, na ação social, na organização da própria igreja”, conta.

Mas a maior paixão são os dois filhos adotivos, Vitória e Gabriel. “A minha cunhada faleceu e eu e a minha esposa temos a guarda compartilhada com o meu sogro. São os nossos tesouros” conta, sem conseguir evitar que seus olhos azuis encham de lágrimas.

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