Servidora é surpreendida com homenagem por 40 anos de dedicação à comarca de Araranguá  - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

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Voltar Servidora é surpreendida com homenagem por 40 anos de dedicação à comarca de Araranguá 

Oficiala de justiça Márcia Severo é referência e uma das primeiras mulheres a atuar na função em SC 

09 Abril 2025 | 16h02min
  • Homenagem

Magistrados, autoridades, colegas de trabalho, amigos e familiares se reuniram nesta terça-feira, dia 8 de abril, para reverenciar a oficiala de justiça Márcia Rejane Balbi Severo. A surpresa para a servidora é um reconhecimento pela marca de quatro décadas de dedicação e serviços prestados à Justiça, todas elas na comarca de Araranguá, e pela trajetória de uma das pioneiras na função em solo catarinense.

Márcia ingressou no Judiciário ao final da ditadura militar no Brasil, em 1985, e desde cedo se destacou pela postura firme e comprometida. Ao ser orientada que o cargo de oficial de justiça disponível em concurso não era indicado para mulher, a jovem destemida, de 21 anos, respondeu que aquela função era, sim, para ela e que gostava de desafios. Os primeiros foram enfrentar o machismo e outros diversos tipos de preconceito para assumir e se manter num lugar até então ocupado somente por homens.

Isso serviu para seu fortalecimento e ajudou a moldar a personalidade de Márcia, que sempre se manteve segura diante das diferenças e dificuldades. Ela cumpria mandados a pé, de carona, e às vezes, quando sobrava algum dinheiro, de táxi. Nesse caminho, um colega, que se tornou amigo, não deixou de lhe estender a mão. Joaquim Mattos foi seu parceiro por muito tempo no desempenho da profissão, assim como João Proença.

As adversidades também contribuíram para torná-la mais sensível, humana e empática com os problemas do outro. Márcia e o forte senso de justiça andam juntos desde sempre. Ela deixa o que está a fazer para ajudar as pessoas, especialmente as menos esclarecidas e mais vulneráveis. A Márcia do Fórum não foi assim rebatizada à toa. Ela faz diferença na vida dos jurisdicionados há 40 anos e é respeitada na comarca.

Durante a cerimônia, o marido, Carlos Alberto de Souza, também oficial de justiça, fez uma confidência. “Ela já disse mais de uma vez que nasceu para ser oficial de justiça e se sente plenamente realizada profissionalmente. Se tivesse que voltar no tempo e novamente decidir o seu futuro profissional, escolheria exatamente a mesma profissão e adotaria a mesma postura que alicerçou sua trajetória, com base nos mesmos valores e princípios que a tornaram esta mulher que conhecemos hoje.”

A juíza Thania Mara Luz, diretora do foro, destacou que a servidora é exemplar. “Márcia dedicou quase uma vida inteira ao serviço da Justiça, sempre com dignidade, comprometimento e humanidade. Porque não é só cumprir mandado ou seguir prazos, é olhar nos olhos das pessoas, muitas vezes em momentos difíceis, e saber equilibrar firmeza com empatia.” A magistrada disse que tem o privilégio de conhecer Márcia há mais de vinte anos. “Nos conhecemos quando eu ainda era servidora, e naquela época Márcia já era uma referência para todos nós. Nesta data, nos cabe apenas agradecer-lhe pela dedicação, amizade e por ser um exemplo de servidora pública e ser humano.”

De uma família ligada à área da educação, Márcia cursou Administração e é pós-graduada em Direito. Tem três filhos. A neta, Cecília, de oito anos, é o xodó e quem deixa sua existência mais colorida. Apaixonada pela vida, gosta de viajar e é uma devoradora de informações. Está atenta a todos os assuntos. Mesmo com tempo para se aposentar, ainda não parou para pensar sobre isso.

Homenagens

Além dos abraços e depoimentos, Márcia recebeu duas placas: uma delas dos oficiais de justiça da central de mandados e outra dos magistrados e servidores da comarca. Elas trazem os seguintes dizeres:

“Nosso reconhecimento por sua respeitável carreira que atinge esta marca admirável de forma exemplar, sempre pautada em princípios éticos, construída com muita resiliência e de forma extremamente vocacionada. Seu pioneirismo, como a primeira Oficial de Justiça mulher desta Comarca, é motivo de inspiração para todos; enquanto que sua contribuição para o Poder Judiciário desta Comarca e todo o seu legado, profissional e pessoal, são indeléveis e permanecerão na memória de todos.”

“É motivo de orgulho e satisfação para todos comemorar esta longeva e respeitável trajetória da primeira mulher Oficial de Justiça desta Comarca, que ao longo dos anos se mantém apaixonada pela profissão e motivada em dedicar-se à sua missão funcional. Competência, honradez, autoconfiança e senso de justiça latente são virtudes que, dentre outras, bem espelham seu caráter e sua marcante personalidade.” 

Imagens: Divulgação/Comarca de Araranguá
Conteúdo: NCI/Assessoria de Imprensa

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