TJ encerra Mês da Mulher com balanço de ações sobre a violência contra a mulher - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) encerrou, ontem (26/3), no Salão do Tribunal Pleno, o encerramento do Mutirão Mulher em Março, coordenado pela Cepevid - Coordenadoria de Execução Penal e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. A desembargadora Salete Silva Sommariva abriu o evento e destacou que a participação do Judiciário catarinense foi resultado de adesão à campanha nacional "Justiça pela Paz em Casa", idealizada pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em uma mesa de autoridades e público essencialmente feminino, o presidente do Tribunal, desembargador Nelson Schaefer Martins, destacou o trabalho da Cepevid, vinculada à Presidência do TJ. Em especial, apontou o Mutirão Carcerário Feminino, que entrevistou e entregou certidões de cumprimento de pena a mais de 1000 mulheres nas unidades prisionais de todo o Estado.

O resultado das atividades foi apresentado pela juíza Sônia Maria Mazzetto Moroso Terres, subcoordenadora de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Os números apontaram a adesão voluntária de 53 comarcas (varas criminais e juizados especiais de violência doméstica) e da 1ª, 3ª e 4ª Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça. No Mutirão Carcerário Feminino, além das entrevistas e certidões de cumprimento de pena, as detentas receberam a Cartilha da Mulher Encarcerada.

Também se destacou a divulgação da campanha de enfrentamento à violência contra a mulher nos estádios catarinenses. Locutores explicaram que se tratava de uma campanha do Tribunal de Justiça de Santa Catarina e, com esse ato, a Cepevid colocou em prática sua adesão à campanha nacional "Justiça pela Paz em Casa".

Na solenidade, a juíza mato-grossense Amini Haddad Campos, diretora da Secretaria de Gênero da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que desenvolve campanha por uma política pró-equidade do gênero humano, enfatizou a necessidade de atenção diferenciada à violência contra a mulher, e elogiou a implantação da Central Rosa pelo TJSC. "É importante para projetar uma nova mentalidade. É uma mudança a ser construída", afirmou.

Durante o encerramento, houve intervenção cultural do grupo de teatro Grito. Com o tema "Papéis da mulher na evolução da humanidade", o espetáculo musical mostrou a participação da mulher em todas as épocas da história.

O Mutirão teve como parceiros o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina, a Defensoria Pública e a bancada feminina na Assembleia Legislativa (Alesc). A solenidade contou com a participação de desembargadores, juízes, autoridades da Alesc, da Polícia Militar, do Ministério Público, da OAB e da Associação dos Magistrados Catarinenses, além de assistentes sociais e oficiais da Infância e Juventude.