TJ quer transformar setor de comunicação em 'agência de notícias' da Justiça de SC - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

Jornalistas, designers gráficos, publicitários e demais profissionais que integram o Núcleo de Comunicação Institucional (NCI) do Tribunal de Justiça, a Academia Judicial e a Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) estiveram reunidos na quinta e sexta-feira da semana passada (dias 27 e 28/9) para participar do curso "Gestão de comunicação: qualificação de assessorias de comunicação". O encontro teve como propósito apresentar as principais alterações no panorama da comunicação atual e apontar caminhos para a construção de um plano de comunicação, que terá como foco a transformação do atual setor de comunicação do TJ numa espécie de "agência de notícias" do Poder Judiciário catarinense.

De acordo com a jornalista Patrícia Marins, especialista em comunicação integrada e uma das palestrantes do curso, exigem-se cada vez mais dos profissionais que atuam nas assessorias de imprensa habilidades para prestar consultoria (maior capacidade de análise do quadro para melhor orientar os assessorados); criatividade (elaboração de estratégias de comunicação, soluções de problemas e novas formas de abordagem de conteúdo); e inovação (escolha das técnicas e ferramentas adequadas para trabalhar a comunicação de maneira integrada e eficiente). "O novo assessor de imprensa é, na verdade, um gestor de reputação, que precisa lidar com a transparência em tempo real, estar preparado para gerenciar crises, entender o que move as pessoas, o que é notícia, saber contar boas histórias, propor ideias, mudanças e muito mais", ressaltou.

O segundo dia do curso foi focado em comunicação nas mídias digitais e contou com a participação do especialista em marketing digital Felipe Zulato. Ele traçou um panorama da evolução das redes sociais no Brasil e no mundo e o expressivo alcance dessas novas plataformas de comunicação na sociedade contemporânea (o canal YouTube, por exemplo, já é o segundo canal de TV mais acessado pelos brasileiros, atrás apenas da Rede Globo de Televisão). "Nessa área, planejamento também é fundamental. É preciso mapear e conhecer o público que se pretende atingir. Importante mensurar o número de acessos às matérias do site e identificar quais delas possuem mais potencial para atrair a atenção do cidadão que acessa o site do TJ", frisou. O palestrante acrescentou, ainda, que os canais de comunicação da Justiça catarinense precisam estar adequados para "fisgar" a atenção do público, tanto em termos de linguagem quanto no formato.

A coordenadora do NCI, desembargadora Rosane Portella Wolff, destacou a importância do curso para o aprimoramento da comunicação do Poder Judiciário com os mais diversos segmentos da sociedade catarinense. "O curso mostrou de maneira muito clara o quanto a comunicação, desde que trabalhada de maneira adequada, responsável, ética e transparente, pode contribuir para a construção de uma imagem cada vez mais positiva da Justiça de Santa Catarina, valorizando, consequentemente, o trabalho dos nossos magistrados e servidores. E, mais importante, é por meio dessa aproximação que o cidadão catarinense poderá ter nas mãos um valioso instrumento de cidadania, na medida em que passa a conhecer e entender mais sobre seus direitos e deveres, e acerca dos serviços prestados pela Justiça em favor da sociedade", assinalou a magistrada.

Na opinião do jornalista Fernando Evangelista, um dos novos membros da Assessoria de Imprensa do TJ, o curso superou as expectativas. "De tudo o que ouvi e aprendi no curso, o que mais me chamou a atenção foi o seguinte: contar histórias com relevância social ainda é uma das funções essenciais da assessoria de imprensa. Histórias que criem conexão e mobilizem o leitor/ouvinte/espectador. Há cada vez menos espaço - e interesse - para a notícia chapa-branca, oficiosa, fria. O que as pessoas querem é informação de qualidade, contextualizada, transmitida de forma objetiva, ágil e clara", pontuou.