Voltar TJ sedia exposição da luta de mulheres contra o preconceito, a violência e o machismo

Com um olhar diferenciado para as mulheres à margem da sociedade, o artista Gabriel Bonfim está com a exposição: "M - Meu Lugar na Sociedade", no Museu do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), em Florianópolis, aberta ao público gratuitamente até o dia 28 de agosto. São nove imagens que retratam a luta contra o preconceito, a violência e o machismo. A abertura da exposição nesta quarta-feira (7/8) coincidiu com a comemoração dos 13 anos da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06). Aliás, a própria Maria da Penha e a modelo Luiza Brunet são algumas das personagens da lente do artista.
 
Promovido pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid/TJSC) e pela Divisão de Documentação e Memória do Judiciário, o evento contou com a presença do presidente do TJSC, desembargador Rodrigo Collaço, além do corpo diretivo do Tribunal e outras autoridades. Até o fim da exposição, mas ainda sem data confirmada, o paulista Gabriel Bonfim participará de um debate sobre violência contra a mulher com a participação da desembargadora Salete Sommariva, que será a mediadora.
 
Formado em direito, Gabriel Bonfim seguiu a carreira de fotógrafo e pela primeira vez expõe em um espaço do Judiciário. "A exposição dá visibilidade às mulheres que foram empurradas à beira da sociedade, mas que conquistaram seus espaços por conta própria. Elas ascenderam em seu meio. Percebi também que diferentes mulheres têm histórias semelhantes só porque são negras, albinas e trans, entre outras", disse o artista.
 
Além das fotografias com um breve histórico de cada personagem, a exposição tem um ambiente audiovisual. Nesse espaço, diferentes mulheres relatam suas experiências e anseios. Gabriel gravou os diversos depoimentos e tirou trechos que despertam e valorizam o empoderamento feminino.
 
Para a desembargadora Haidée Denise Grin, a palavra de ordem para o momento é respeito. "No momento em que o ser humano se respeita independente da sua posição, nós teremos uma sociedade mais evoluída e mais ciente dos seus objetivos. Hoje, as próprias imagens identificam isso na exposição", observou.
 
O chefe da Divisão de Documentação e Memória do Judiciário, Adelson André Brüggemann, destaca a importância de o Tribunal não ser conhecido apenas como um local de solução de conflitos, mas também como espaço de cultura, educação e atração de pessoas que querem conhecer um pouco mais sobre a história. "A intenção do Judiciário é estar cada vez mais próximo do cidadão e dos seus problemas também. A exposição demonstra como diferentes mulheres conseguiram se impor na sociedade", avalia. A exposição está disponível ao público de segunda a sexta-feira, das 12h às 19h, no hall do Tribunal do Pleno.      

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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