Voltar Três homens são condenados a mais de meio século pela morte de empresário de São José

Três dos quatro homens julgados pelo Tribunal do Júri da comarca da Capital, na última terça-feira (16/4), foram condenados pelo crime de homicídio qualificado contra um empresário de São José. As penas, somadas, ultrapassam meio século. O assassinato, ocorrido no Parque Estadual do Rio Vermelho no dia 18 de agosto de 2016, em Florianópolis, teve como motivação uma dívida de aluguel cobrada na Justiça.

O mandante foi condenado a 19 anos e 20 dias de reclusão; o responsável por atrair a vítima pegou 18 anos e oito meses de reclusão; e o autor dos disparos mais 18 anos e oito meses, todos no regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade. O quarto homem foi absolvido pelo Conselho de Sentença porque não havia prova suficiente para sua condenação. A sessão foi presidida pelo juiz Renato Mastella. O mandante foi sentenciado pelas qualificadoras de motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, além de ser reincidente pelo crime de receptação.

Já os homens responsáveis pelos disparos e pela emboscada tiveram as qualificadoras de promessa de recompensa e também impossibilidade de defesa da vítima. O autor dos tiros já foi condenado por roubo, e o terceiro homem também já foi sentenciado por porte ilegal de arma. Com sede de vingança pela sentença judicial que o obrigava a quitar uma dívida com o empresário do ramo imobiliário, o devedor pediu a um amigo que arrumasse os dois homens responsáveis pela execução. O valor acertado foi de R$ 15 mil.

A vítima recebeu, através de uma ligação, proposta de negócio imobiliário e marcou encontro na avenida das Torres, em São José. Os dois executores demonstraram interesse em imóveis e em terceira visita renderam o empresário. Os homens levaram a vítima até o Parque Estadual do Rio Vermelho. O empresário foi obrigado a sair do carro e caminhou por 600 metros de uma trilha, até ser atingido por dois disparos de arma de fogo. Os executores também roubaram o veículo e o aparelho celular da vítima, que ainda foi utilizado pela esposa de um deles.

O mandante realizou o primeiro pagamento no valor de R$ 12 mil. Depois completou o restante com um veículo Fox, sem procedência, que deveria ser vendido por R$ 3 mil. Por meio de interceptação telefônica, os policiais identificaram uma conversa em que um dos executores fala com uma mulher e diz que tinha dinheiro para receber em razão de um homicídio. A sessão, iniciada pouco depois das 9 horas, só foi encerrar às 21 horas de ontem.

Imagens: Divulgação/Assessoria de Imprensa TJSC
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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