Museu Desembargador Tycho Brahe Fernandes Neto

Processos judiciais são fontes históricas primárias da mais alta relevância, uma vez que produzidos sob o calor dos acontecimentos e com a fidedignidade exigida pelo aparato da Justiça. Daí a importância de preservá-los, especialmente os de maior interesse histórico. Antes da criação do Museu do Judiciário, porém, documentos relevantes dos séculos XVIII, XIX e XX estavam se perdendo nas comarcas e no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em condições não adequadas de armazenamento.

A inauguração do Museu do Judiciário, em 1º de outubro de 1991 (Resolução TJ n. 4 de 6 de fevereiro de 1991, aprovada pelo Órgão Especial e subscrita pelo desembargador Ayres Gama Ferreira de Melo, então presidente da Corte), por ocasião das comemorações do centenário do Poder Judiciário de Santa Catarina, veio para mudar isso. Antes mesmo da abertura do Museu, os principais documentos foram resgatados em caráter emergencial e passaram a ser preservados na sede do Tribunal de Justiça. Hoje o acervo não exposto se encontra no Arquivo Central, em condições ideais de temperatura e umidade. Um trabalho rigoroso de limpeza, identificação e cadastramento é realizado com esses documentos.

Limpos, identificados e bem cuidados, eles são colocados à disposição da sociedade para pesquisa. O Museu Desembargador Tycho Brahe Fernandes Neto atende a dezenas de pesquisadores ao ano. O atendimento a esses interessados no acervo do Judiciário é apenas uma das inúmeras atribuições do Museu, que também recebe visitantes para exposições temporárias e a permanente, realiza pesquisas no acervo, promove ações educativas e toma conta da Capela Ecumênica, entre outras atividades.

O início do Museu Desembargador Tycho Brahe Fernandes Neto, portanto, foi singelo, recolhendo, catalogando e restaurando acervos e objetos, batalhando sempre por espaço e procurando demonstrar sua importância como ambiente de reflexão e de aproximação do Poder Judiciário com a sociedade. No ano de 2001, o Museu do Judiciário catarinense foi transferido para suas atuais instalações, com áreas destinadas aos serviços administrativos, à reserva técnica e às exposições.

Localizado no hall superior (HS) da Torre I, ao lado do auditório do Tribunal Pleno, o Museu permite visitações espontâneas ou mediante agendamento, que pode ser solicitado pelo e-mail dgdm.museu@tjsc.jus.br ou pelo telefone (48) 3287-2436. As primeiras podem ser realizadas de segunda a sexta-feira, das 12h às 19h, sem a necessidade de agendamento. A entrada é gratuita.