Informes

Voltar Cuidados com a saúde

A implantação do Processo Digital traz consigo inúmeros benefícios no sentido do incremento da produtividade e economia de recursos, mas também a preocupação com a saúde de magistrados e servidores que desenvolvem suas atividades laborais utilizando a mais recente versão do Sistema de Automação Judicial - SAJ.

Atento aos reflexos da adoção da nova ferramenta e consciente da importância da preservação da saúde e integridade dos funcionários, o CGInfo vem promovendo melhorias contínuas na infraestrutura e nos sistemas associados ao processo digital. Além disso, propõe constantemente discussões com outras unidades para identificar situações que afetam a saúde de magistrados e servidores no uso da Tecnologia da Informação, propondo soluções pontuais para os problemas verificados.

Medidas imediatas, como a automação de fluxos de trabalho, proporcionando que atividades de mero expediente sejam executadas automaticamente pelo sistema, e a aquisição de novos monitores, de tamanho maior, para integrar o posto de trabalho daqueles que operam o processo digital, possibilitam a redução do nº de cliques de mouse, gerando menos desgaste ao corpo do usuário.

Para uma análise mais ampla, destaca-se a criação de um grupo de estudos multidisciplinar, composto pela Assessoria de Planejamento, Direção-Geral Judiciária e Diretorias de Saúde, Engenharia e Arquitetura, Tecnologia da Informação e Recursos Humanos, visando proceder a referida avaliação de saúde, bem como uma análise de como é realizado o trabalho, como as atividades cotidianas são percebidas, como são os relacionamentos internos, além de uma avaliação do SAJ e da infraestrutura predial e de TI.

As análises efetuadas partiram da observação do trabalho executado nos cartórios remotos, registrando o funcionamento de um cartório judicial com processos digitais, além de apreciação do relatório das atividades da comissão para estudo dos impactos do processo eletrônico sobre a saúde dos usuários internos da 4ª região, buscando-se comparação com o sistema eproc, utilizado no âmbito da Justiça Federal.

Os estudos empreendidos pelo grupo de trabalho resultaram em relatório apresentando 11 recomendações, parte integrante de processo administrativo relacionado ao tema. Tais recomendações sugerem mudanças nas rotinas e na carga de trabalho de magistrados e servidores, nos serviços de suporte aos usuários e nos sistemas ora utilizados, o incremento da capacitação e a adequação e modernização dos equipamentos disponíveis, da rede de comunicação de dados, da infraestrutura de TI, do mobiliário e da estrutura dos prédios dos Fóruns.

Na mesma esteira, a Corregedoria-Geral da Justiça vem tabulando várias questões relacionadas à saúde dos magistrados, as quais acrescentarão visão atual e realista sobre o impacto das condições de trabalho na capacidade produtiva e no adoecimento daqueles que integram quadro do Judiciário Catarinense.

A implementação das sugestões que se apresentem viáveis e que se configurem proativas na prevenção das doenças laborais em todas as unidades permitirão melhorias nas condições de trabalho e o estabelecimento de novos paradigmas para a reestruturação e organização do Poder Judiciário na era do processo digital.