Corretoras: preciso de uma? - Servidor - Poder Judiciário de Santa Catarina
Dicas financeiras
Com a elevação das taxas de juros ao longo do ano de 2022, vem crescendo a curiosidade sobre a diversificação de investimentos através de corretoras. No entanto, este assunto é desconhecido para a maioria das pessoas, gerando dúvidas e inseguranças. Nesta dica, esclareceremos dúvidas respondendo perguntas como: o que são essas corretoras?, são seguras?, quais as vantagens?, quais os custos?, e preciso de uma?.
Para começar, precisamos compreender o papel dessas corretoras. Para facilitar, trouxemos da página do Banco Central do Brasil algumas definições importantes:
As corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) e as distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiro e de capitais e no mercado cambial intermediando a negociação de títulos e valores mobiliários entre investidores e tomadores de recursos.
As corretoras e distribuidoras, na atividade de intermediação, oferecem serviços como plataformas de investimento pela internet (home broker), consultoria financeira, clubes de investimentos, financiamento para compra de ações (conta margem) e administração e custódia de títulos e valores mobiliários dos clientes. Na remuneração pelos serviços, essas instituições podem cobrar comissões e taxas.
A partir destes conceitos, podemos notar que as corretoras e as distribuidoras de valores mobiliários são importantes canais entre o investidor e os investimentos. Dentre suas principais atividades estão:
- comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros;
- operar em bolsas de valores; e
- custodiar e administrar carteiras de títulos e valores mobiliários.
Ou seja, a intermediação de determinadas operações financeiras entre investidores e tomadores de recursos somente pode ser viabilizada por meio de corretoras ou distribuidoras de valores mobiliários. Até mesmo os grandes bancos necessitam de corretoras (normalmente próprias) para efetivar as ordens cadastradas pelos clientes.
Mas é seguro?
As corretoras e as distribuidoras de valores mobiliários são instituições que fazem parte do Sistema Financeiro Nacional. Elas são fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela Bolsa de Valores do Brasil (B3). Sua atuação é regulamentada. Portanto, realizar investimentos por meio delas é seguro. Acesse a lista de corretoras certificadas pela B3, com base em critérios de qualidade dos serviços prestados.
Mas e, se por acaso, a corretora quebrar? O que acontecem com os recursos aplicados?
As corretoras apenas intermediam negócios. As operações realizadas ficam registradas em Sistemas de Liquidação e Custódia responsáveis também pela guarda e liquidação dos papéis negociados, por nome e CPF do investidor. Assim, se a corretora for liquidada (quebrar), sob orientação do Banco Central, será nomeado um liquidante que irá entrar em contato com o investidor, que poderá transferir as aplicações para uma nova corretora, por exemplo.
Para melhor compreensão, podemos fazer uma comparação simples entre corretoras e imobiliárias. As imobiliárias vendem imóveis de terceiros, ou seja, apenas intermediam negociações entre compradores e vendedores. Elas reúnem uma séria de imóveis, para diferentes perfis de compradores, como em uma vitrine. Da mesma forma, as corretoras reúnem diferentes produtos financeiros, de diferentes instituições, e as oferecem em uma plataforma de negociação, buscando viabilizar os investimentos de forma prática.
Nesse sentido, vale destacar que o risco do investimento está na instituição emissora do título e não na corretora. Portanto, devido à grande oferta de produtos financeiros, é muito importante estar atento aos riscos do ativo de seu interesse, pois devem estar de acordo com o seu perfil de investidor.
Quais taxas são cobradas pelas corretoras?
Além de taxas de abertura e manutenção de conta (isentas na maioria dos casos), podem ser cobradas, dependendo do tipo de investimento, taxas de corretagem (por operação realizada), de custódia (cobradas pela guarda de títulos ou ações) e emolumentos (cobrados pela B3). Por isso, antes de abrir uma conta, é importante analisar a política de taxas e tarifas das corretoras de seu interesse, pois isso pode impactar na rentabilidade de seus investimentos. Para saber mais sobre a redução de taxas, consulte nossa dica sobre este tema.
Para simplificar, listamos abaixo alguns fatores que podem influenciar na decisão de abrir conta em uma corretora:
- Possibilidade de encontrar maior diversidade de produtos financeiros, de diversas instituições;
- Oportunidade de ter à disposição produtos com maiores rentabilidades (sempre deve ser analisada a liquidez e os riscos);
- Possibilidade de pagar menores taxas de administração ou de ter isenção destas taxas;
- Disponibilização, por algumas, de assessoria aos investidores;
- Plataformas de negócios (aplicativos ou sites) mais simples e dinâmicas;
- Disponibilização de plataforma Home Broker, ambiente destinado principalmente à compra e venda de ações.
Como abrir conta em uma corretora?
Antes de abrir conta em uma corretora, é recomendável que pesquise a que melhor atende suas necessidades. Considerando que muitas não cobram taxas de abertura ou manutenção de conta, é possível abrir conta em mais de uma e verificar qual se adequa melhor ao seu perfil.
Após sua escolha, é necessário realizar um cadastro, normalmente on line (pelo site ou aplicativo), que será validado após o envio digital de alguns documentos. Só é possível a abertura de uma conta de investimento por CPF, por corretora. Portanto, não é possível a abertura de contas conjuntas.
Para começar a realizar seus investimentos, basta realizar uma transferência de recursos, normalmente via PIX ou TED. Também é necessário realizar a análise de seu perfil de investidor, que guiará seus investimentos.
Depois disso, é só analisar os produtos oferecidos para fazer escolhas conscientes e alinhadas às suas necessidades e objetivos. Para tanto, nosso Programa de Educação Financeira se coloca à disposição para orientá-lo com informações que podem auxiliar na sua tomada de decisão. Conte conosco para uma conversa agradável sobre o tema!
Para agendar um atendimento personalizado basta mandar e-mail para educacaofinanceira@tjsc.jus.br solicitando.
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