Mulheres Indígenas

Lei Maria da Penha e Mulheres indígenas. Busto de três mulheres indígenas. Nas laterais, linhas verticais com estampas indígenas.
 

Chegou ao conhecimento do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, através da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), que o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul desenvolveu o projeto Kunhã Kuery! Nhãmbopaha Jeiko Asy, que na língua guarani falada na região centro-oeste do país, significa “Mulher! Chega de Violência”. O projeto foi criado para divulgar a Lei Maria da Penha entre mulheres indígenas da etnia Guarani daquele Estado.

Assim, após demanda do magistrado Pedro Cruz Gabriel, lotado à época na Comarca de São Domingos, no ano de 2021 firmamos termo de cooperação técnica com aquele Tribunal e passamos a desenvolver no âmbito do Tribunal de Justiça de Santa Catarina o projeto Lei Maria da Penha e as Mulheres Indígenas.

Em 2022 foi realizada visita técnica à aldeia Itanhaém em Biguaçu-SC e, por intermédio do Conselho Estadual dos Povos Indígenas (CEPIn), foram realizadas diversas rodas de conversa com mulheres e homens indígenas de SC, PR, RJ, RS e MS, conduzidas pela magistrada Naiara Brancher, cooperadora técnica da Cevid, e palestras sobre a Lei Maria da Penha e os tipos de violências, ministradas pela juíza de direito Ana Luisa Schmidt Ramos.

A partir daí, houve o engajamento de mulheres indígenas e do CEPIn para a redação e posterior tradução de cartilha sobre a Lei Maria Penha nas três línguas predominantes em Santa Catarina.

Assim, com a essencial colaboração de homens e mulheres das etnias Kaingang e Guarani, concluímos a confecção das cartilhas "Lei Maria da Penha traduzida pelas Mulheres Indígenas de Santa Catarina do Povo Kaingang” e "Lei Maria da Penha traduzida pelas Mulheres Indígenas de Santa Catarina do Povo Guarani”.

A expectativa é a de que a cartilha "Lei Maria da Penha traduzida pelas Mulheres Indígenas de Santa Catarina do Povo Xokleng” esteja com a tradução finalizada ainda no mês de agosto de 2023.

As cartilhas Guarani e Kaingang foram lançadas no dia 16-8-2023, no evento 5º ATL Sul, na Terra Indígena Morro dos Cavalos, em Palhoça-SC.

Como segunda etapa do projeto, pretende-se gravar vídeos sobre a Lei Maria da Penha com mulheres e homens indígenas, e um(a) ancião(ã), para serem divulgados no YouTube, facilitando ainda mais o acesso de mulheres indígenas a essa lei.

Cartilhas

Guarani

Tradutores:
Mariza de Oliveira
Edson Karai
 

Kaingang

Tradutores:
Sandra de Paula Santos
Dorilde Goj Tem de Paula
Samara Goj Tej Müller de Paula
Marcos Sulivam Nascimento
Ismael Casemiro
 

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Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar - CEVID
Telefone: (48) 3287-2636