A empatia na escolha das modalidades de trabalho da equipe

No momento da publicação desta dica, considerando os avanços no controle da Covid-19, temos a iminência da revogação da resolução que instituiu o home office emergencial no Poder Judiciário catarinense. Com o término de grande parte das restrições impostas pela pandemia, a atuação dos gestores se apresenta como fundamental no processo de adaptação das equipes à nova realidade, buscando conciliar interesses institucionais com as necessidades dos colaboradores, a partir das novas modalidades de trabalho.

Atualmente, além do presencial, os colaboradores têm a possibilidade de atuar nos regimes de trabalho de home office e teletrabalho, ambos nas modalidades integral ou parcial. No portal do Trabalho Não Presencial, é possível encontrar todas as definições e orientações necessárias.

Após a revogação da Resolução Conjunta GP/CGJ n. 5/2020, os gestores e suas equipes terão que formalizar, no prazo de trinta dias, qual regime de trabalho será adotado por cada colaborador e em quais condições. No entanto, antes disso, é importante que o gestor conheça as preferências dos colaboradores para, a partir deste cenário, identificar as necessidades da unidade de trabalho e definir os critérios que serão utilizados, preferencialmente de maneira participativa.

Sobre as necessidades da unidade de trabalho, é importante que a configuração da equipe zele pela qualidade do atendimento e pelo trabalho em equipe com foco no bom desempenho e na produtividade.

Como em todo processo de mudança, é possível que as pessoas estejam inseguras ou ansiosas pela definição do novo modelo de trabalho, razão pela qual o gestor também deve estar atento à gestão do bem-estar emocional de sua equipe. Assim, para identificar as necessidades de cada colaborador e o interesse em atuar nesta ou naquela modalidade de trabalho, é preciso, antes de mais nada, escutar cada integrante da equipe, respeitando sentimentos e individualidades.

Passamos por um longo período de mudança e adaptação resultantes da pandemia e agora estamos próximos de uma nova etapa de transformações. Nesse contexto, para diminuir a ansiedade e para que os colaboradores possam ter tempo para adaptar sua vida pessoal à profissional, sem sobressaltos, é importante que as definições sejam acordadas com antecedência.

Identificadas as necessidades da unidade de trabalho e dos colaboradores, sugere-se as seguintes ações:

  • Realize reuniões de alinhamento com a equipe, com comunicação clara e objetiva, buscando estabelecer uma relação de confiança, apresentando o panorama atual e esclarecendo dúvidas;
  • Escute todos da equipe com atenção, empatia e acolhimento. Se perceber que algum colaborador necessita de acompanhamento profissional, busque auxílio nas ações do Programa Você em Foco - Qualidade de Vida no PJSC oferecidas pelas Diretorias de Gestão de Pessoas e de Saúde;
  • Caso predomine o interesse pelo home office ou teletrabalho, proponha um modelo que busque o equilíbrio da contribuição de todos na atividade presencial, evitando “beneficiar” esta ou aquela pessoa em detrimento das demais;
  • Valide a proposta com a equipe e esteja aberto a sugestões. Lembre-se: quando fazemos parte da solução dificilmente ofereceremos resistência a ela;
  • Após a definição da estrutura de trabalho da equipe, proponha um período de transição e adaptação, após o qual o modelo definido poderá ser revisto.

Um ambiente solidário, colaborativo e empático será fundamental neste momento. Isso porque a volta ao trabalho presencial, mesmo que parcial, exige um período de adaptação que pode afetar as relações e a produtividade da equipe.

Vale lembrar a importância de estar atento às suas próprias emoções e sentimentos, para poder se cuidar e estar preparado para oferecer o suporte que a equipe necessita. E, sinta-se à vontade para solicitar auxílio dos programas Saiba+ Trabalho Não Presencial e Conversas com Gestores.

Por fim, é necessário ter a consciência de que nada será como antes, pois as mudanças estão acontecendo. Antecipe-as, monitore-as, adapte-se a elas e esteja preparado, para, em conjunto com a equipe, fazer frente aos desafios que se apresentam, com disposição e empatia.

Até a próxima dica!

Elaboração:
Alma Serena Barbosa Satto
Bruna Fernandes Alves Cascais
Marcelo Dias e Silva
Diretoria de Gestão de Pessoas
Divisão de Desenvolvimento de Pessoas
 
Referências:
BERGUE, Sandro Trescastro Gestão de pessoas: liderança e competências para o setor público / Sandro Trescastro Bergue. -- Brasília: Enap, 2019. 179 p.
JOHNSON, Spencer. Quem mexeu no meu queijo. São Paulo: Record, 2021.
Adaptação e Acolhimento. Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2020/10/10/volta-ao-trabalho-presencial-exige-adaptacao-de-profissionais-e-acolhimento-das-empresas-alerta-especialista.ghtml> Acesso em 28 mar 2022.
Como preparar a equipe para o retorno presencial. Disponível em: <https://www.appus.com/blog/gestao-de-pessoas-na-pandemia/como-preparar-a-equipe-para-o-retorno-presencial/> Acesso em 11 abr 2022.
Novas Habilidades. Disponível em: < https://revista.buildings.com.br/conheca-algumas-das-novas-habilidades-para-o-retorno-ao-trabalho-presencial/> Acesso em 6 abr 2022.
Retorno ao trabalho presencial e saúde mental: o que esperar? Disponível em: <https://www.vittude.com/empresas/retorno-trabalho-presencial-saude-mental/> Acesso em 11 abr 2022.
Volta ao Trabalho Presencial? Disponível em: <https://www.terraempresas.com.br/blog/volta-ao-trabalho-presencial?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=volta-ao-trabalho-presencial> Acesso em 4 abr 2022.