Qual a diferença entre Regência e Concordância?

É comum dentro da gramática se falar em regência e concordância, tanto nominal, quanto verbal. Ambas se referem a termos da oração e precisam ser respeitadas na oralidade e na escrita. Trata-se do estudo da sintaxe, parte essencial da gramática. Um texto está sintaticamente correto quando há relação lógica entre os termos dentro da oração e também entre suas frases. Ainda, além da regência e concordância que serão abordadas nesse texto, há a sintaxe de colocação, a ser abordada em oportunidade futura, uma vez que a confusão de significação mais comum é entre os termos aqui apresentados.

A sintaxe de regência trata da relação de um termo, seja ele nome ou verbo, e seus complementos. É devido a regência que se sabe a diferença entre os significados do verbo implicar nas duas orações a seguir:

  1. Os alunos implicaram com o novo coordenador. (ter aversão)
  2. Os parlamentares implicaram-se em escândalos por causa do desvio de verbas públicas. (envolver-se)

Ainda, no âmbito da regência nominal, há a relação entre nome e preposição a ser usada:

  1. A nova tarifa é acessível a todos os cidadãos.
  2. Os atentados contra a embaixada deixaram vários feridos.
  3. Eles preferiram ficar longe de todos.

Já a concordância, não trata de complementação, mas sim da relação entre dois termos que agregam significados à oração. Por exemplo, a relação entre sujeito e numeral, pronome ou adjetivo (concordância nominal) ou a relação entre sujeito e verbo (concordância verbal).

  1. Que bonita pintura e poema! (Concordância nominal)
  2. Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos é uma composição dos grandes Roberto Carlos e Erasmo Carlos em homenagem à Caetano Veloso. (Concordância nominal)
  3. Mais de uma mulher quis trocar as mercadorias. (Concordância verbal)
  4. Estados Unidos influencia o mundo. (Concordância verbal)

Percebe-se que alguns termos distantes do dia a dia, como os termos que se referem a concordância e regência podem ser explicados de forma a desvendar a gramática e aproximá-la daquele que escreve. Após essa aproximação, em outra oportunidade, será possível o estudo dos casos especiais, que são muitos, de cada um dos temas que compõem a sintaxe.

Autora: Carolina Sparvoli Gaubert

Referências: