A importância da revisão textual - Parte I

O ato de escrever não é uma tarefa fácil, porque exige daquele que escreve não só o talento. Na atividade desempenhada pelos servidores do Poder Judiciário, além do conhecimento técnico, é necessária também a habilidade para construir o pensamento por meio de palavras, orações e parágrafos, fazendo com que minutas de pareceres ou decisões judiciais sejam compreendidas pelo seu destinatário - colega, subordinado, chefe, e o cidadão comum, parte no processo judicial. 

Assim, para que a finalidade do texto seja atingida de modo satisfatório, é imprescindível a atenção na fase após a confecção da peça elaborada. Daí a relevância da revisão do texto.  

O processo de escrita diz respeito à criação propriamente dita, ou seja, ao ato de repassar para o papel aquela enxurrada de ideias: fundamentos, argumentos, ordem dos fatos, relatos das testemunhas e das partes, indicação das provas, etc. Nessa fase, não se pode perder nenhuma informação. Portanto, não se incomode se o texto não possuir uma estrutura bem definida e parecer um pouco confuso. Isso poderá ser organizado posteriormente.

Após esse primeiro momento, o próximo passo é a releitura e a reescrita. Na releitura e na reescrita é possível observar a ordenação das ideias que foram registradas. A prática da reescrita, inclusive, revela como a estrutura textual pode ser simplificada, com a redução do tamanho das frases, e a supressão de palavras que não servem para acrescentar ou esclarecer a mensagem que se pretende transmitir.

Mas como tornar a prática da releitura e reescrita mais pontual e objetiva? Por meio do exame de alguns aspectos que merecem atenção e aperfeiçoamento, o que será abordado na próxima dica.

Acompanhe!

Elaboração: Patrícia Corazza
Fonte:
GARCEZ, Lúcia H. do Carmo. Técnica de redação: o que é preciso saber para bem escrever. São Paulo: Editora Martins Fontes.
NETO, Aristides Coelho Neto. Além da Revisão: critérios para revisão textual. Brasília: Editora Senac.