A vírgula e o "e"

Ao contrário do que muitos pensam, pode, sim, haver vírgula antes do "e", principalmente para dar clareza à frase, separando-se orações que têm sujeitos diferentes. Seguem alguns exemplos de casos opcionais do uso da vírgula com o "e".

"A redação de seu nome mostra-se errada, e a assinatura contida no aceite da mercadoria é muito diferente da apresentada no instrumento de procuração" (A vírgula está separando orações com sujeito diferente. São eles: "a redação de seu nome" e "a assinatura contida no aceite da mercadoria").

"O réu estava arrependido e amedrontado, e a vítima estava em pânico" (Neste caso, em que há dois "e" seguidos, note como a vírgula confere mais clareza à frase).

"Argumentou que a relação jurídica existente entre as partes é antiga e contínua, e que a agravada já possui um histórico de inadimplência" ou "Argumentou que a relação jurídica existente entre as partes é antiga e contínua e que a agravada já possui um histórico de inadimplência" (Ambas as construções estão corretas. No primeiro caso, como há dois "e" seguidos, o relator pode optar por usar a vírgula quando achar que ela confere clareza à frase).

 

Fonte: Guia Prático de Redação TJSC