Vitamina D e COVID-19 - Você precisa saber!

Diversos estudos (1) estão agora estabelecendo uma ligação entre a deficiência de vitamina D, certas doenças preexistentes e casos mais graves de covid-19. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Cantábria, na Espanha, mostrou que mais de 80% dos pacientes com covid-19 tratados em um hospital apresentavam deficiência de vitamina D.

Uma análise da Universidade de Hohenheim, na Alemanha, teve resultado semelhante. O texto diz: "Existem inúmeros indícios de que várias doenças não transmissíveis (pressão alta, diabetes, doenças cardiovasculares, síndrome metabólica) estão associadas a baixos níveis plasmáticos de vitamina D. Essas comorbidades, juntamente com a deficiência de vitamina D com que são frequentemente associadas, aumentam o risco de eventos graves de covid-19".

O artigo publicado pela Universidade de Hohenheim recomenda que, "se houver suspeita de infecção pelo coronavírus, o status da vitamina D deve ser verificado e um possível déficit, sanado rapidamente".

A orientação mais atual e baseada em evidência (2) sobre a relação da vitamina D com infecções do trato respiratório é: existe, sim, relação. Pacientes com níveis de vitamina D insuficientes devem receber suplementação.

Para pessoas que apenas esporadicamente se expõem ao sol, idosos, pessoas com algumas doenças específicas e quem passou por cirurgia bariátrica, a suplementação pode ser indicada, mas de forma personalizada, de acordo com o nível que cada um precisar.

Você já dosou sua vitamina D para saber se precisa de suplementação?

A suplementação diária ou semanal da vitamina D se mostrou eficaz em diversos estudos clínicos. O nível basal e a frequência de dosagem são variáveis significativas. A Sociedade Americana de Endocrinologia (3) recomenda que a deficiência de vitamina D em crianças e adultos seja definida como concentrações de 25(OH)D menores ou iguais a 20 ng/mL; a insuficiência, de 21 a 29 ng/ mL; e a suficiência, iguais ou superiores a 30 ng/mL. Sugere ainda que as concentrações de 25(OH)D de 40 a 60 ng/mL seriam as ideais e que as concentrações de até 100 ng/mL seriam seguras.

Portanto, lembre-se:

  • a principal fonte de vitamina D é o sol, e ele está aí à nossa disposição;
  • estima-se que apenas de 10% a 20% da necessidade de vitamina D do organismo sejam cobertos com alimentos (peixes de mar, óleo de fígado de bacalhau, cogumelos secos, ovos e fígado bovino);
  • suplemento de vitamina D deve ser ingerido somente mediante indicação de médico ou nutricionista e com acompanhamento regular desses profissionais;
  • a dosagem sanguínea de vitamina D deve ser avaliada regularmente e, se necessário, deve haver suplementação adequada para atingir níveis entre 40 e 60 ng/mL.
Elaboração
Farm. Vanessa Regina Berenhauser - CRF-SC 4507
Farm. Caroline Junckes da Silva Chaves - CRF-SC 3470
 
Fontes