Dicas de gestão

Voltar Inteligência emocional

Inteligência emocional é a capacidade de uma pessoa de identificar e controlar suas emoções, manter a concentração em condições adversas, lidar com frustrações e dominar a impulsividade.

Para Salovey e Mayer (1990), é definida como a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros. Para esses autores, a inteligência emocional está dividida em quatro capacidades:

  • Percepção emocional: capacidade de perceber adequadamente as próprias emoções, bem como as que são expressas por outras pessoas. Em um nível mais avançado, inclui perceber se as expressões emocionais dos outros são verdadeiras ou falsas.
  • Facilitação emocional: capacidade de gerar estados emocionais que facilitem o próprio desempenho. Por exemplo, algumas pessoas se sentem melhor escutando certo tipo de música enquanto trabalham e, por isso, têm melhor desempenho.
  • Compreensão emocional: capacidade de nomear as emoções e identificar como elas podem se misturar ou transitar, ao longo do tempo, de um estado para outro. Por exemplo, uma notícia desagradável e inesperada pode gerar decepção, que é a mistura de surpresa e tristeza, e momentos mais tarde pode gerar raiva por não ter recebido a notícia que achava que merecia.
  • Gerenciamento emocional: capacidade de utilizar as informações anteriores de maneira integrada, a fim de se adaptar melhor às próprias emoções e aos relacionamentos com os outros.

Goleman (1995) descreve a inteligência emocional como a capacidade de uma pessoa gerenciar seus sentimentos, de modo que eles sejam expressos de maneira apropriada e eficaz. Ele destaca uma série de habilidades que propiciam melhores desempenhos profissionais. São elas:

  • Autoconsciência: capacidade de reconhecer as próprias emoções;
  • Autorregulação: capacidade de lidar com as próprias emoções;
  • Automotivação: capacidade de se motivar e de se manter motivado;
  • Empatia: capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros; e
  • Habilidades sociais: conjunto de capacidades envolvidas na interação social.

Pessoas que apresentam um elevado nível de inteligência emocional são hábeis para perceber, controlar e compartilhar emoções e, acima de tudo, gerenciar conflitos de personalidade que influenciam quem está a sua volta - importante desafio do ambiente organizacional. Assim, podem contribuir significativamente para a geração de um ambiente colaborativo e de um trabalho em equipe eficaz e eficiente.

Gestores que possuem inteligência emocional desenvolvem mais facilmente respostas proativas em relação à equipe, não importando o quão diversificado seja o perfil de seus integrantes. Para a liderança, esta habilidade é fundamental e o gestor pode exercitá-la das seguintes formas:

  • Praticar o autoconhecimento para aprender a lidar com as próprias emoções;
  • Focar mais no aspecto positivo dos acontecimentos do trabalho, aprendendo a enxergar oportunidades mesmo em situações adversas;
  • Pensar em reverter e não em desistir;
  • Prender-se menos a acontecimentos passados que não deram certo, utilizando apenas a experiência de aprendizado para fazer melhor em projetos futuros;
  • Ocupar-se sempre com algo produtivo buscando aplicar seus conhecimentos em prol de ideias novas;
  • Fomentar a ideia, entre as equipes, de que unidos há mais força para enfrentar desafios na organização;
  • Estar constantemente aberto a mudanças e aprender que muitos fatos acontecem para que possamos reciclar conhecimentos; e
  • Desenvolver uma automotivação diária, buscando sempre fazer algo novo e melhor e, se possível, sempre encontrar formas de compartilhar isso com a equipe.

Organizações que dispõem de gestores emocionalmente inteligentes aumentam suas chances de crescimento e desenvolvimento. Gerenciar conflitos de maneira eficaz favorece a construção de um clima organizacional mais harmônico e de bons relacionamentos interpessoais, além de contribuir para o alcance dos resultados desejados.

Na próxima dica, falaremos sobre a importância da empatia para a Gestão de Pessoas. Até lá!

Elaboração
Diretoria de Gestão de Pessoas
Divisão de Desenvolvimento de Pessoas
 
Referências:
Goleman, D. Inteligência emocional. Rio de Janeiro: Objetiva. 1995.
Salovey, P., & Mayer, J. D. Emotional intelligence. Imagination, Cognition and Personality. 1990.
Inteligência Emocional dos Gestores. Disponível em: <https://www.senior.com.br/blog/de-olho-na-inteligencia-emocional-dos-gestores> Acesso em 10 set 2020.
Inteligência Emocional. Disponível em: <https://blog.asaas.com/por-que-a-inteligencia-emocional-e-fundamental-para-bons-gestores/> Acesso em 10 set 2020.